Mercados

Ações do setor imobiliário amortecem queda do índice

A preocupação com a crise nuclear no Japão também permeava os negócios, mesmo após a recuperação da bolsa de Tóquio, com alta de quase 6 por cento

O setor imobiliário liderava os ganhos do Ibovespa, com destaque para Cyrela, empresa que decepcionou o mercado nos últimos dias (EXAME)

O setor imobiliário liderava os ganhos do Ibovespa, com destaque para Cyrela, empresa que decepcionou o mercado nos últimos dias (EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 13h15.

São Paulo - O principal índice de ações brasileiras operava em baixa nesta quarta-feira, com a recuperação de papéis do setor imobiliário contrabalançando a cautela vista nos mercados internacionais.

Às 12h41, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,38 por cento, a 66.743 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,3 bilhões de reais.

No mesmo horário, o índice Standard & Poor's 500 tinha queda de 0,78 por cento, afetado pelo maior aumento em um ano e meio dos preços ao produtor nos Estados Unidos e pela maior queda em 27 anos na construção de casas. A preocupação com a crise nuclear no Japão também permeava os negócios, mesmo após a recuperação da bolsa de Tóquio, com alta de quase 6 por cento.

"O mercado como um todo abriu recuperando um pouco, e agora está oscilando entre altas e baixas", disse a analista Laura Bartelle, da XP Investimentos. "O mercado está bem tenso. Está volátil, perigoso." No Brasil, o setor imobiliário liderava os ganhos do Ibovespa, com destaque para Cyrela Brazil Realty, a mesma que decepcionou o mercado nos últimos dias com a revisão para baixo das metas deste e do próximo ano. A ação da empresa subia 2,87 por cento, a 15,39 reais, após acumular queda de quase 8 por cento nos últimos dois pregões.

MRV Engenharia subia 3,33 por cento, a 13,98 reais; Gafisa ganhava 2,16 por cento, a 10,42 reais; e Rossi Residencial avançava 1,09 por cento, para 13,85 reais.

A temporada de balanços trimestrais de construtoras e incorporadoras ganha corpo na próxima semana, com previsão de que se confirme um crescimento um pouco mais lento no quarto trimestre do ano passado.[ID:nN16137285] As ações da Petrobras também davam combustível para o índice, com alta de 0,53 por cento dos papéis preferenciais , a 28,19 reais. Em Nova York, o petróleo tinha alta de 1,14 por cento, pouco acima dos 98 dólares por barril.

Em nota, o UBS elevou o preço-alvo para as ações ordinárias da Petrobras de 33 para 38 reais. A justificativa é a revisão do preço do petróleo para cima no mercado internacional, mesmo com a política de manutenção do preço da gasolina no Brasil. As ações ordinárias da estatal subiam 0,56 por cento, a 32,31 reais.

Na parte de baixo do índice, as ações de administradoras de cartões de crédito lideravam as perdas, devolvendo parte da valorização acumulada nas últimas semanas. Cielo caía 2,37 por cento, a 13,57 reais, e Redecard tinha baixa de 3,26 por cento, a 22,86 reais.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosPaíses ricosÁsiaB3bolsas-de-valoresAçõesImóveisJapão

Mais de Mercados

Motiva vende aeroportos a grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Investidor diminui posição em bolsa após rali do Ibovespa, diz estudo

Ibovespa fecha em baixa pelo 2º dia seguido com aversão global ao risco

Dólar firma queda na reta final do pregão e fecha em R$ 5,31