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Ações do setor elétrico têm maior alta da Bovespa em março

Índice da bolsa encerrou março com seu melhor desempenho mensal em mais de dois anos e a primeira alta desde outubro


	Cabos de transmissão de energia elétrica: com alta de 32 por cento em março, as ações ordinárias da Eletrobras lideraram os avanços do Ibovespa em março
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica: com alta de 32 por cento em março, as ações ordinárias da Eletrobras lideraram os avanços do Ibovespa em março (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 20h03.

São Paulo - O Ibovespa encerrou março com seu melhor desempenho mensal em mais de dois anos e a primeira alta desde outubro de 2013, de 7,05 por cento.

Veja as ações que foram destaque de alta e baixa em março:

Maiores altas: Eletrobras, Cesp e Copel.

Com alta de 32 por cento em março, as ações ordinárias da Eletrobras lideraram os avanços do Ibovespa em março, impulsionadas em grande parte por expectativas de melhora na gestão de empresas estatais após o governo Dilma Rousseff perder aprovação em março, segundo pesquisa CNI/Ibope.

Além disso, o governo federal lançou neste mês um conjunto de medidas para equacionar o custo maior da energia neste ano por conta do acionamento das usinas termelétricas, que abrange a elevação das tarifas ao consumidor a partir de 2015.

"Existe a perspectiva de que esse pacote repasse para as tarifas os aumentos (no custo da energia), o que vai ser revertido para as companhias elétricas", disse o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala.

Já a Cesp está entre as empresas que conseguem obter ganhos em momento de altos preços de energia no curto prazo, o que tem levantado suas ações. A empresa também anunciou dividendos que surpreenderam o mercado.

Destaque de alta: Petrobras.

A ação preferencial da Petrobras teve a sexta maior alta mensal do Ibovespa, de 16,11 por cento. O papel, que estava operando nos menores níveis desde 2005 em meados do mês, passou por forte movimento de recuperação técnica, levantado ainda pela expectativa de mudanças no governo conforme as especulações eleitorais entraram no radar do mercado.

A entrada de investidores estrangeiros na bolsa também ajudou o papel da blue chip, que tem grande liquidez.


Analistas têm citado, contudo, a possível investigação da Petrobras pelo Congresso como um fator de risco.

"A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pode mexer em uma caixa preta", disse o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

Maior queda: Oi.

A ação preferencial da operadora despencou 13,09 por cento, contabilizando a maior parte das perdas depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu que os controladores da operadora de telecomunicações votassem em assembleia no dia 27 sobre a fusão com a Portugal Telecom.

A assembleia aprovou laudo de avaliação dos ativos da Portugal Telecom que serão usados no aumento de capital bilionário da Oi. Os acionistas minoritários da empresa queriam que os controladores fossem impedidos de votar na assembleia, por acreditarem que a avaliação dos ativos da Portugal Telecom estava em um valor excessivamente alto, o que incorreria em diluição elevada dos minoritários.

Na última quinta-feira, a CVM suspendeu a oferta pública de ações da Oi por 30 dias, por considerar que as declarações dadas um dia antes pelo presidente da companhia brasileira feriram a legislação que regula esse tipo de operação.

Destaques de queda: Bradespar e Vale.

A empresa de participações Bradespar, com fatia na Vale, teve a segunda maior queda do Ibovespa do mês e as ações ordinárias e preferenciais da mineradora apareceram entre as sete maiores desvalorizações.

"O movimento é uma correlação com a China, que veio mostrando sinais de arrefecimento no crescimento muito fortes este mês. Nos últimos dias teve uma recuperação, com notícias de que pode sair um pacote de estímulos no país (asiático)", disse o analista Fábio Gonçalves, da Banrisul Corretora.

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