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Ações do Magazine Luiza caem mais de 11% após balanço

Apesar das boas vendas divulgadas, resultado veio fraco e reflete no movimento dos papéis

Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza (Divulgação)

Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h38.

São Paulo – A rede varejista Magazine Luiza (MGLU3) apresentou ontem após o fechamento dos mercados um resultado ruim para o primeiro trimestre do ano, com forte queda em seu lucro líquido. Perto do fechamento, as ações têm queda superior a 11%. A companhia registrou prejuízo líquido de 40,7 milhões de reais no primeiro trimestre, abaixo do lucro de 12,3 milhões de reais um ano antes. Na mesma base de comparação, o ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de 84 milhões para 9,3 milhões de reais.

Os analistas da Fator Corretora atribuíram a desvalorização aos resultados. “Acreditamos que apesar do múltiplo atrativo em que estão sendo negociadas as ações do Magazine Luiza, o fraco resultado operacional divulgado pela companhia deverá ter efeito negativo sobre o desempenho das ações no curto prazo”, afirmaram Renato Prado e Ronaldo Kasinsky em relatório enviado para clientes.

Queda nas margens

Para os analistas, o balanço veio abaixo do que projetavam especialmente por uma queda na margem bruta e alto patamar de despesas operacionais. Apesar dos números ruins, eles seguem com a recomendação de ‘manutenção’ dos papéis, com preço-alvo de 15,43 reais para dezembro, potencial de valorização de 35%.

Embora também tenham considerado os resultados fracos, os analistas do BB Investimentos destacaram como ponto positivo do balanço o aumento nas vendas da empresa, especialmente pela internet. Em relatório enviado para clientes, o analista Nataniel Cezimbra colocou o preço-alvo do papel em revisão.

Em outro relatório enviado para clientes, a analista Renata Coutinho, do Deutsche Bank, também destaca as boas vendas, impulsionadas pela liquidação de início de ano e internet, mas lembra que esse resultado foi ofuscado por uma série de fatores, como maiores provisões para crédito duvidoso.

O preço-alvo para os papéis é de 12 reais, bem próximo ao atual, e a recomendação é manter as ações.

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