Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, estabeleceu metas mais contidas que o esperado para 2019 (Vanderlei Almeida/Getty Images)
Reuters
Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 12h29.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2019 às 12h30.
São Paulo - O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, estabeleceu metas mais contidas que o esperado para 2019, pressionando as ações em até 4 por cento na manhã desta terça-feira, embora a rentabilidade deva melhorar.
A instituição financeira prevê que a carteira de crédito cresça entre 8 e 11 por cento em 2019, mais que a expansão de 6,1 por cento observada em 2018, mas abaixo das projeções de concorrentes, segundo analistas.
Na semana passada, o Bradesco informou que a carteira de crédito cresceria até 13 por cento em 2019.
"Os números bons e o guidance entregues pelo Bradesco na semana passada provavelmente estabeleceram expectativas elevadas para o Itaú. O lucro líquido está crescendo em ritmo baixo e aquém do consenso" das estimativas, escreveram analistas do Morgan Stanley em nota a clientes.
Ainda assim, as metas do Itaú não foram conservadoras, disse o presidente do banco, Candido Bracher, em coletiva de imprensa. "Elas implicam um retorno sobre patrimônio de 24 por cento para 2019", afirmou ele.
Em 2018, a rentabilidade do banco foi de 21,9 por cento.
Na segunda-feira, o Itaú Unibanco anunciou lucro recorrente de 6,478 bilhões de reais no quarto trimestre, alta de 3,15 por cento ante a mesma etapa de 2017 e em linha com a média das previsões de analistas, conforme dados da Refinitiv.
O resultado cresceu principalmente por causa da redução das provisões para perdas com inadimplência, que compensou despesas acima do esperado.
Bracher disse que o crescimento da carteira de crédito do banco ocorrerá em linhas com maior risco de inadimplência este ano.
"A qualidade do ativo deve melhorar, é por isso que o banco crescerá em linhas d ecrédito que não têm colateral", disse o presidente, citando cartões de crédito e empréstimos pessoais.