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Ações do Banco do Brasil sobem 10% após Paulo Guedes falar em privatização

Em vídeo da reunião ministerial, ministro da Economia disse que governo tem que vender instituição financeira

Banco do Brasil: ações disparam após ministro falar em privatização (Paulo Whitaker/Reuters)

Banco do Brasil: ações disparam após ministro falar em privatização (Paulo Whitaker/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de maio de 2020 às 12h16.

Última atualização em 25 de maio de 2020 às 17h57.

As ações do Banco do Brasil subiram 10,49% nesta segunda-feira , 25, com os investidores repercutindo a possibilidade, levantada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de a instituição financeira ser privatizada. As declarações foram feitas no vídeo da reunião ministerial do presidente Jair Bolsonaro divulgado na última sexta-feira, 22, pouco depois do encerramento do pregão à vista.

“O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”, afirmou Paulo Guedes. Uma das justificativas, segundo Guedes apontou na gravação, é a de que o governo “não consegue fazer nada” com o BB, como diminuir juros.

As falas do ministro fizeram ressurgir as expectativas de que o governo coloque em prática planos para privatizar a companhia, da qual detém 50% das ações. Mas, de acordo com Bolsonaro, o tema só será tratado em 2023, seu último ano de mandato.

“As declarações surpreenderam por serem bem contundentes e pelo fato do Banco do Brasil ser um banco lucrativo e de grande relevância", disse Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

Apesar de ver com bons olhos a possibilidade de o Banco do Brasil ser privatizado, Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital modalmais não acredita que isso ocorrerá ainda nesta legislatura. “Isso aí deve ficar para os próximos governos”, disse.

Segundo Bandeira, ainda há uma série de coisas que o governo precisa fazer antes de privatizar o Banco do Brasil, como dar independência ao Banco Central e aprovar reformas. Para Bandeira, a privatização do banco deve demandar maior gasto político por ser uma empresa “emblemática”. “É muito mais difícil do que privatizar portos ou a Eletrobras. Privatizar o BB é um sonho dessa administração, mas isso deve acontecer mais para frente”, afirmou.

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