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Ações de redes sociais recuam diante de receios de regulamentação

Facebook, Twitter e Snapchat tiveram novas baixas em meio a receios de investidores em Wall Street de que as redes sociais enfrentarão regulamentações

Redes sociais: novas regras de privacidade da União Européia, que entrarão em vigor em maio, exigirão que as empresas deixem os usuários europeus optarem se querem receber anúncios online altamente segmentados (Dado Ruvic/Reuters)

Redes sociais: novas regras de privacidade da União Européia, que entrarão em vigor em maio, exigirão que as empresas deixem os usuários europeus optarem se querem receber anúncios online altamente segmentados (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 21h01.

São Paulo - As ações de Facebook, Twitter e Snapchat tiveram novas baixas nesta terça-feira em meio a receios de investidores em Wall Street de que as redes sociais enfrentarão regulamentações que afetarão seus negócios.

O Facebook teve queda de 2,5 por cento após ter dito que foi questionado pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos sobre como dados pessoais de parte de seus usuários foram extraídos por uma empresa de consultoria política contratada pela campanha de Donald Trump.

Desde as divulgações no sábado de que uma empresa de consultoria política havia obtido indevidamente dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook, a maior empresa de mídia social do mundo perdeu cerca de 60 bilhões de dólares em valor de mercado.

Com a preocupação de que a administração de dados dos usuários do Facebook levaria a uma maior regulamentação governamental sobre o setor de mídias sociais, o Twitter despencou 10,4 por cento. A Snap teve baixa de 2,6 por cento.

Aumentando o temor regulatório, o jornal israelense Haaretz informou que o ministro da Justiça de Israel, Ayelet Shaked, acusou o Twitter de "falta de cooperação", dizendo que grupos terroristas estavam usando a rede de microblogs e que Israel estava considerando uma lei para combater tal atividade.

O presidente-executivo da Longbow Asset Management, Jake Dollarhide, disse que a participação de sua empresa no Twiter estava em território negativo devido à queda das ações nesta semana. Ele não tem planos de vender os papéis porque acredita que o Twitter enfrenta menos riscos regulatórios do que o Facebook ou a Snap.

"Pessoas comuns usam isso como um feed de notícias", disse Dollarhide. "Eu não sei quais informações pessoais eu já cheguei a compartilhar no Twitter."

As novas regras de privacidade da União Européia, que entrarão em vigor em maio, exigirão que as empresas deixem os usuários europeus optarem se querem receber anúncios online altamente segmentados sob pena de enfrentarem multas de até 4 por cento da receita anual.

O principal estrategista de investimentos da Baker Avenue Asset Management, sediada em San Francisco, King Lip, disse que o Facebook e outras empresas de mídia social enfrentam mais riscos regulatórios por parte de governos europeus do que dos Estados Unidos.

A violação dos dados financeiros confidenciais dos consumidores divulgada em setembro passado pela agência de relatórios de crédito Equifax levou a investigações governamentais, mas não provocou grandes alterações regulatórias ou legais.

"A violação da Equifax foi muito mais notória do que a questão do Facebook, e não houve nenhuma legislação significativa", disse Lip. "Acho que haverá muita conversa sobre questões de privacidade em torno do Facebook, mas não acho que nenhuma legislação significativa seja aprovada."

 

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