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Pão de Açúcar, Vale e Cosan lideram recomendações para março

Analistas consideram que os papéis das empresas estão subvalorizados


	Para analistas, a integração Globex e Casas Bahia tem "valor significativo"
 (Divulgação)

Para analistas, a integração Globex e Casas Bahia tem "valor significativo" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 18h08.

Crescentes incertezas sobre as perspectivas para a economia brasileira e global motivavam analistas a recomendar cautela para investimentos em ações em março, com as apostas para o mês se concentrando em papéis considerados subvalorizados.

As ações do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do Brasil, apareciam em sete das 12 carteiras recomendadas analisadas pela Reuters. O papel já havia sido destaque de recomendações em fevereiro, quando teve alta de 5,6 por cento.

"Pão de Açúcar permanece na carteira devido a seu sólido posicionamento na divisão de varejo de alimentos e seus ganhos de participação de mercado", escreveram analistas em carteira enviada pelo BTG Pactual a clientes nesta sexta-feira.

No segmento não-alimentício, os analistas destacaram "valor significativo" na integração de Globex e Casas Bahia. Além disso, aos preços atuais, a ação do Pão de Açúcar está sendo negociada com um desconto de 15 por cento em relação aos pares, segundo o BTG.

Cosan, empresa de infraestrutura e energia, também estava presente em sete carteiras de ações recomendadas para março. Em fevereiro, o papel acumulou queda de 0,72 por cento. Para analistas do HSBC, que incluíram o papel em suas recomendações para o mês, "a Cosan está com uma avaliação descontada."

A casa afirma que a Cosan é sua "aposta preferida no setor de agronegócios da América Latina, pois a empresa se converteu em um conglomerado diversificado de setores integrados com enorme potencial de crescimento." A mineradora Vale também foi recomendada por sete casas, somando-se as cinco sugestões de compra para as ações preferenciais e duas para os papéis ordinários . A companhia também havia sido destaque de recomendações em fevereiro, mas a preferencial amargou baixa de 5,6 por cento no período, e a ordinária perdeu 6,1 por cento.

Na avaliação da Citi Corretora, que têm a Vale entre suas sugestões para março, a mineradora "apresentou bons resultados nos últimos trimestres e está sendo negociada a múltiplos atrativos". Os analistas também citaram como positivos a perspectiva de desaceleração nos investimentos nos próximos anos e desinvestimentos em negócios não estratégicos.

As ações do Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, apareciam em seis das doze carteiras analisadas. Para a Ativa Corretora, a perspectiva de aumento da taxa básica de juros no país neste ano, diante do avanço da inflação, pode beneficiar o papel. Além disso, a casa avalia que a preocupação do mercado com as intervenções do governo no setor no ano passado, para reduzir spread bancário, já foram precificadas.

Dentre as recomendações para março, também se destacaram ações da siderúrgica Gerdau e da administradora de shoppings BR Malls, ambas citadas por quatro corretoras.

Apesar das apostas, a palavra "cautela" era comum a diversos relatórios, com analistas mostrando preocupação com as perspectivas para o desempenho da economia brasileira neste ano, após o fraco crescimento de 2012.

Além disso, também foram citados fatores externos, com as incertezas sobre possíveis desdobramentos do impasse político na Itália e dos cortes automáticos de gastos do governo dos Estados Unidos, de 85 bilhões de dólares, que entraram em vigor a partir desta sexta-feira.

"Para março, as expectativas continuam nebulosas e a volatilidade deverá continuar", afirmaram analistas da BI&P Indusval Corretora. "A carteira continua focada em papéis voltados para o mercado interno, com menor dependência do mercado externo." (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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