São Paulo – A expectativa de que os líderes na Europa estão próximos de chegar a um acordo para solucionar a crise que afeta diversas nações na região tem impulsionado os ganhos nos principais mercados de países emergentes, levando o MSCI Emerging Markets Index para sua maior alta diária desde maio de 2009.

Nesta manhã, o índice - que mede o desempenho dos mercados de ações de países emergentes - avançava 4,5%, para 889,57 pontos, após ter registrado ontem o seu menor nível em dois anos. Na Ásia, a Bolsa de Seul (Coreia do Sul) fechou com ganho de 5% no pregão de hoje, alcançando a maior alta desde janeiro de 2009, enquanto a Bolsa de Jacarta na Indonésia teve valorização de 4,8%. Os principais índices na Polônia, Hungria e República Tcheca tiveram altas superiores a 3,5%.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, afirmou que pode "garantir" que a Grécia cumprirá todas as promessas de austeridade feitas para receber seu primeiro pacote de ajuda de 110 bilhões de euros, e reafirmou que o país conseguirá registrar um superávit primário orçamentário no próximo ano. As afirmações foram feitas hoje, antes da reunião do premiê grego com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Os indices que medem as ações do setor financeiro em nações emergentes são os que registram os maiores ganhos nesta terça-feira. Os papéis do Industrial & Commercial Bank of China, maior concessor de empréstimos do mundo em valor de mercado, dispararam mais de 9% na Bolsa de Hong Kong, alcançando sua melhor performance desde março de 2009.

No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, subia 1,81% às 10h40 (horário de Brasília), aos 54.720 pontos. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) operavam com ganhos superiores a 2%.

Em busca de confiança

Papandreou declarou nesta terça-feira que a Grécia está fazendo tudo o que pode para reconquistar a confiança do mercado e acabar com a má gestão econômica e política dos últimos anos, que causou a atual crise da dívida soberana. "Nós voltaremos ao crescimento e prosperidade depois desse período de dor", disse o primeiro-ministro. "O que estamos fazendo é nada menos do que o renascimento de uma nação”, acrescentou.