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Ações da Vale levam Bovespa à queda na abertura

O movimento foi acelerado após a abertura das Bolsas de Nova York, também no negativo


	Bovespa: às 10h38, o Ibovespa caía 1,72%, aos 55.459,11 pontos, perto da mínima pontuação do dia até esse horário, de 55.392 pontos, em queda de 1,84%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: às 10h38, o Ibovespa caía 1,72%, aos 55.459,11 pontos, perto da mínima pontuação do dia até esse horário, de 55.392 pontos, em queda de 1,84% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 11h29.

São Paulo - Conforme o esperado, a Bovespa abriu nesta quinta-feira, 23, em forte queda, puxada pela desvalorização das ações de Vale, em resposta à contração da atividade manufatureira da China em maio. O movimento foi acelerado após a abertura das Bolsas de Nova York, também no negativo.

Às 10h38, o Ibovespa caía 1,72%, aos 55.459,11 pontos, perto da mínima pontuação do dia até esse horário, de 55.392 pontos, em queda de 1,84%. Na máxima, estável, marcou 56.423 pontos. No mesmo horário, apenas três ações apresentavam altas.

Vale ON e PNA, com perdas de 3,03% e 2,97%, estavam na terceira e quarta posições do ranking de maiores baixas. Usiminas PNA, na oitava colocação, perdia 2,74%. Fora do ranking, às 10h43, Petrobras ON caía 2,34% e PN, -1,81%.Em Nova York, o Dow Jones tinha queda de 0,57%, o S&P 500 caía 1% e o Nasdaq, -0,87%.

Os investidores fogem do risco após a divulgação do resultado preliminar do PMI da indústria chinesa medido pelo HSBC, que caiu para 49,6 em maio, de 50,4 na leitura final de abril.

O resultado deste mês foi o menor em sete meses e, abaixo de 50, indica contração. Isso se sobrepôs à alta acima do esperado do PMI composto da zona do euro, que subiu para 47,7 neste mês, ante 46,9 no anterior, segundo dado preliminar da Markit. A previsão era de 47,1.

Nas commodities, a reação também foi de baixa acentuada. Às 10h48, o contrato futuro do petróleo para julho tombava 1,77%, a US$ 92,61 na Nymex.


"Tem um pouco de rescaldo do discurso do presidente do Fed, ontem, mas o que está assustando os mercados é a China, que pegou a todos de 'calça curta' logo cedo", disse o operador sênior da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro. "Os setores de mineração e siderurgia são os que mais sofrem", completou.

Na quarta-feira, 22, a ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed indicou que vários dirigentes da autoridade monetária estariam dispostos a apoiar a retirada dos estímulos monetários já na próximo encontro, no mês que vem, se a economia norte-americana estiver em trajetória forte e estável.

Nesta quinta-feira, 23, o presidente da unidade de Saint Louis, James Bullar, disse que "devemos manter o programa atual, ajustando compras de bônus conforme necessário". Afirmou ainda que a inflação precisa voltar para a meta de 2% antes de o banco central norte-americano considerar a diminuição do ritmo de compras de bônus.

A decisão depende, conforme vêm afirmando analistas, de novos dados sobre a economia norte-americana dos EUA e, na agenda, havia vários previstos. Há pouco, saíram os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 18 de maio. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, as solicitações caíram para 340 mil, de 345 mil previstas.

Os pedidos da semana anterior foram revisados em alta para 363 mil, de 360 mil. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) industrial da Markit, por sua vez, caiu a 51,9 na leitura preliminar de maio, de 52,1 em abril.

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