Prejuízo: Uma baixa contábil referente à Extrafarma prejudicou os resultados do grupo (GERMANO LUDERS/Site Exame)
Juliana Elias
Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 13h09.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 13h35.
São Paulo - As ações da Ultrapar operavam em queda de mais de 7% nesta quinta-feira (20) após a dilvulgação do balanço do quarto trimestre do grupo, na véspera, apresentar uma reversão do lucro ao prejuízo. Os negócios do grupo incluem a rede de postos Ipiranga além da Oxiteno, Ultragaz, Ultracargo e Extrafarma.
Por volta das 13h, os papéis da companhia (UGPA3) registravam queda de 7,3%, cotados a 22,11 reais. Estavam entre as maiores quedas do Ibovespa no dia. Na véspera, as ações da Ultrapar fecharam valendo R$ 23,86. Os resultados foram divulgados após o fechamento de mercado.
No quarto trimestre, a Ultrapar registrou prejuízo líquido de 268 milhões, revertendo o lucro de 495,6 milhões do trimestre anterior. As perdas se deveram principalmente a uma baixa contábil de 593 milhões de reais referente ao valor recuperável da Extrafarma, seu braço de farmácias.
Para o UBS, apesar da surpresa no resultado, outros dados do balanço vieram em linha com as expectativas, caso da receita líquida (23,7 bilhões de reais) e do Ebitda ajustado, de 869 milhões, se desconsiderado o impacto atípico da baixa contábil da Extrafarma.
"O resultado líquido da empresa terminou o ano negativo, e seus números ficaram abaixo da expectativa do mercado", afirmou a corretora a Guide Investimentos, em relatório.
"A Ultrapar tem passado por mudanças estruturais significativas, incluindo conselho e gestão, e acreditamos que isso deve continuar. O sucesso da nova equipe ainda está em desenvolvimento, mas esperamos um ano forte para a companhia", escreveu o banco, em análise enviada a investidores.
As projeções do UBS para a companhia é de crescimento médio anual no preço da ações de 11% até 2023, e o preço alvo para o papel nos próximos 12 meses é de 27 reais.