Mercados

Ações da TIM disparam com possível oferta de rivais

Forte alta ocorreu após a agência Bloomberg informar que as concorrentes Oi, Telefônica e Claro preparam uma oferta de US$ 15 bilhões pela operadora


	TIM: fontes disseram que os valores da proposta pela TIM ainda não foram fechados
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

TIM: fontes disseram que os valores da proposta pela TIM ainda não foram fechados (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 20h15.

Rio e São Paulo - As ações da TIM Brasil dispararam nesta quarta-feira, 10, na Bovespa, com valorização de 11,30%.

A forte alta ocorreu após a agência Bloomberg informar que as concorrentes Oi, Telefônica (controladora da Vivo) e Claro preparam uma oferta de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões) pela operadora.

O presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, afirmou hoje, antes da divulgação da notícia, que a companhia está fazendo análises "para entender se eventualmente uma oportunidade (de negócio com a Oi) fará sentido ou não".

O Conselho de Administração da Telecom Italia, controladora da empresa, aprovou em novembro um "exame em profundidade" das opções para uma possível fusão com a Oi.

A medida foi tomada após a Oi ter contratado o BTG Pactual, em agosto, para desenvolver propostas para aquisição da TIM.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que a Oi não descarta, contudo, uma fusão com a TIM, caso os controladores da companhia italiana não aceitem a proposta de fatiamento.

Sobre alternativas estratégicas no país, Abreu disse acreditar que a TIM tem “não só saúde, como capacidade de permanência (no mercado)”.

Em relação à Oi, afirmou que “problemas colocados à parte, há oportunidades muito interessantes de ganhos de sinergias”. “Essa é a lógica de qualquer tipo de fusão, você ter sinergias que ultrapassam o custo de aquisição", disse .

A Oi encerrou o terceiro trimestre do ano com dívida líquida de cerca de R$ 48 bilhões.

"Quando você passa por uma situação que a empresa (Oi) tem hoje, a questão é entender onde estão todos os indicadores financeiros, estrutura de dívida, de contingência, de passivo, (dados) que não são conhecidos em detalhes no mercado."

Abreu acrescentou que alguns dados operacionais das companhias são privados.

"Tem uma enormidade de dados privados que são conhecidos só pela própria empresa, a menos que você tenha uma due diligence (pode acessar os dados)".

O jornal apurou que a TIM já está informalmente avaliando os ativos da Oi, mas ainda não há um movimento real de oferta de fusão ou compra.

A próxima reunião do conselho será no dia 18, mas Abreu acredita que não haverá novidades até a data.

"Acho difícil", respondeu sobre a possibilidade. Procuradas, Oi, Claro, Vivo e TIM não quiseram comentar a reportagem da Bloomberg.

Fim de ano

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que a Oi está na expectativa de poder participar nos próximos dias do processo de consolidação no mercado brasileiro de telecomunicação.

Segundo fontes próximas à companhia, uma proposta de fatiamento da TIM, em conjunto com Vivo e Claro, poderá ser formalizada até o fim do ano, mas o prazo está apertado.

As fontes disseram que os valores da proposta pela TIM ainda não foram fechados, mas devem ser sobre o valor de mercado da empresa, que hoje é de cerca de R$ 31 bilhões.

A divisão das fatias está em discussão, mas uma possibilidade é que 40% seja da Claro, entre 30% e 35% da Vivo e de 25% a 30% da Oi.

"A contratação do BTG, como comissário mercantil, tem o propósito de formalizar junto com a Telefônica/Vivo e América Móvil, dona da Claro, uma proposta pelo fatiamento da TIM", disse uma fonte próxima das negociações.

Acompanhe tudo sobre:3GB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasEmpresas italianasOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTIM

Mais de Mercados

Apple volta ser a empresa mais valiosa do mundo com alívio nas tarifas de Trump

Azul (AZUL4) lidera altas do Ibovespa com anúncio de oferta primária de ações

Intel vende 51% da Altera para Silver Lake, em transação de US$ 8,75 bilhões

Peso argentino se desvaloriza mais de 8% após suspensão do controle cambiário