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Ações da Samsung caem 4,5% e empresa atinge menor valor desde 2020

No acumulado do ano, as ações da Samsung caíram 34% e estão a caminho de ter o pior desempenho anual em mais de 20 anos

Empresa domina o mercado de chips de memória, mas pode ser prejudicada com política de Trump (Jakub Porzycki/Getty Images)

Empresa domina o mercado de chips de memória, mas pode ser prejudicada com política de Trump (Jakub Porzycki/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 09h21.

As ações da Samsung, a maior fabricante de chips de memória do mundo, caíram 4,5% nesta quarta-feira para seu nível mais baixo em mais de quatro anos. Investidores se mostraram preocupados com o impacto das possíveis novas tarifas dos EUA contra produtos estrangeiros prometidas pelo presidente eleito Donald Trump.

A gigante de tecnologia sul-coreana tem a ação com o pior desempenho entre os fabricantes globais de chips, como TSMC e Nvidia, neste ano. Os concorrentes conseguiram aproveitar a crescente demanda por chips de inteligência artificial.

As tarifas potenciais de Trump sobre as importações chinesas são vistas como um golpe maior para a Samsung, que tem uma dependência maior de clientes chineses, segundo analistas ouvidos pela Reuters.

Trump ameaçou impor uma tarifa de 10% sobre importações gerais e 60% sobre produtos chineses[/grifar], o que reduziria a demanda por produtos eletrônicos que usam chips.

Na semana passada, o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol também levantou preocupações de que a ameaça de Trump sobre as tarifas poderia levar os rivais chineses a cortar projeções e prejudicar empresas coreanas de chips.

No acumulado do ano, as ações da Samsung caíram 34% e estão a caminho de registrar seu pior desempenho anual em mais de duas décadas. Para se ter uma base de comparação, a fabricante de chips norte-americana Nvidia, que surfa como ninguém nessa onda de IA e é a companhia com maior valor de mercado hoje no mundo, viu seus papéis cresceram quase 200% neste ano.

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