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Ações da Redecard devem se recuperar no 2º semestre, prevê Santander

Concorrência e menor crescimento do setor são fatores de risco para a companhia

Analistas do Santander reduziram o preço-alvo das ações da Redecard de 32,70 para 30,50 (Divulgação)

Analistas do Santander reduziram o preço-alvo das ações da Redecard de 32,70 para 30,50 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2011 às 23h57.

São Paulo –  A Redecard deverá promover um declínio nas taxas cobradas aos lojistas no curto prazo, tanto para operações de crédito como débito, mas é apenas no segundo semestre do ano que os papéis ordinários (RDCD3) da companhia deverão apresentar recuperação.

A previsão é dos analistas Henrique Navarro e Boris Molina do Santander, que optaram por reduzir o preço-alvo da Redecard de 32,70 reais para 30,50 reais por cada ação até o final de 2011. A recomendação de compra para os papéis da companhia foi mantida.

“Essa redução na taxa de cobrança aos lojistas, somada aos ajustes nos preços de aluguel por ponto-de-vendas, deverão provocar a forte redução no lucro líquido da companhia nos próximos dois anos”, explicam.

Navarro e Molina reiteram, no entanto, que as projeções de longo prazo não foram alteradas para as taxas de cobrança aos lojistas. “Nós acreditamos que a taxa se estabilizará em 1% para as operações com cartões de crédito em 2011, ao mesmo tempo em que projetamos uma taxa de 0,60% em 2012”, afirmou o analista do Santander.

Recuperação

O banco de investimentos projeta os primeiros sinais de melhora nas ações ordinárias da Redecard a partir do segundo semestre deste ano, quando os custos retornarão para um nível mais moderado e o cenário ficará mais claro em ambas as frentes regulatórias e concorrenciais.

Até lá, “a concorrência negativa e o fraco potencial nos primeiros seis meses de 2011 deverão colocar pressão nos ativos da empresa”, destacam os analistas.

Riscos

Entre os pontos negativos para que a classificação da Redecard seja alterada para baixo, a equipe do Santander destaca fatores relacionados à assuntos regulatórios, além de novas tecnologias que podem ameaçar o modelo de negócios da Redecard.

A alta competição e um crescimento menor que o esperado do setor, especialmente por conta do desaquecimento da economia brasileira, também são pontos que preocupam.

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