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Ações da Oi disparam 5% com união de BTG e gigante canadense em leilão

Joia da coroa da companhia, a unidade de fibra ótica deve receber também ofertas da Highline do Brasil e da Ufinet, que tem a italiana Enel no capital

Oi: A empresa tem trabalhado para vender ativos durante sua recuperação judicial, que começou em 2016 (Sergio Moraes/Reuters)

Oi: A empresa tem trabalhado para vender ativos durante sua recuperação judicial, que começou em 2016 (Sergio Moraes/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 09h19.

Última atualização em 12 de janeiro de 2021 às 23h00.

O Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), gigante fundo de pensão do Canadá, associou-se a um fundo gerido pelo BTG Pactual para apresentar uma oferta vinculante pela unidade de fibra ótica da empresa brasileira de telecomunicações Oi, segundo pessoas a par do assunto disseram à Bloomberg.

As ações da Oi dispararam nesta terça-feira, 12: as ordinárias (OIBR3) subiram 5,15% no fechamento; as preferenciais (OIBR4), 4,55%.

A unidade, batizada de InfraCo, deve receber outras duas outras ofertas vinculantes, uma da Highline do Brasil, subsidiária local da Digital Colony, e outra da Ufinet, empresa da qual a italiana Enel possui uma fatia, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões não são públicas. A Oi planeja vender até 51% de sua subsidiária por uma oferta que avalia a empresa inteira em no mínimo 20 bilhões de reais.

O CPPIB, o BTG, a Oi e a Digital Colony não quiseram comentar. A Ufinet não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

A Oi tem trabalhado para vender ativos durante sua recuperação judicial, que começou em 2016, e levantou 1,4 bilhão de reais com a venda de torres e data centers no ano passado. Também anunciou a assinatura de um acordo com a agência reguladora do Brasil, Anatel, reduzindo pela metade as multas que precisa pagar, para R$ 7,2 bilhões.

Em dezembro, a Justiça do Rio de Janeiro aprovou a venda da unidade de telefonia móvel da Oi para o consórcio formado pelas suas principais concorrentes, a Vivo (Telefônica), a TIM e a Claro (America Movil) por 16,5 bilhões de reais. O negócio ainda precisa da aprovação da agência reguladora do setor, a Anatel, e do órgão antitruste, o Cade.

O preço mínimo de 20 bilhões de reais para a InfraCo é “apenas um começo” e foi definido depois que a operadora de telecomunicações recebeu muitas propostas não vinculantes, disse o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, em entrevista em agosto do ano passado. Na ocasião, ele disse que vê “enormes” perspectivas de crescimento para a empresa, acrescentando que ela pode ser avaliada em até 30 bilhões de reais.

Após receber as propostas vinculantes para a InfraCo, no dia 22 de janeiro, a Oi vai agendar um leilão para vender o ativo.

A maior operadora de telefonia fixa do Brasil está tentando promover uma grande reestruturação da dívida desde o pedido de recuperação judicial em 2016. Os recursos com seus desinvestimentos serão usados ​​para pagar dívidas e financiar a expansão de sua rede de fibra de banda larga, que vai se tornar o seu principal negócio.

Com a colaboração de Gillian Tan e Felipe Marques.

Com a Redação.

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