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Ações da OGX sinalizam recuperação após forte queda de 17%

Papéis da companhia iniciaram a jornada desta terça-feira com ganho de 1,72%, cotados a 16,54 reais

Mercado “respira” após queda acentuada de 17,25% vista ontem nos papéis da OGX (André Valentim/EXAME)

Mercado “respira” após queda acentuada de 17,25% vista ontem nos papéis da OGX (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 15h19.

São Paulo – As ações ordinárias da OGX Petróleo e Gás (OGXP3), braço petrolífero do Grupo EBX, controlado pelo bilionário brasileiro Eike Batista, abriram em alta nesta terça-feira (19), sinalizando recuperação após terem desabado ontem 17,25% como reflexo da divulgação do relatório sobre as reservas da empresa que, por sua vez, frustrou as expectativas do mercado.

Às 10h23 (horário de Brasília), os papéis da companhia eram negociados com alta de 2,58%, cotados a 16,68 reais. O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, operava com ganho de 0,74%, aos 65.901,18 pontos.

O relatório, realizado pela certificadora D&M (DeGolyer & MacNaughton), elevou as reservas da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O descontentamento com os números divulgados levou ontem diversos analistas a cortarem a recomendação para as ações da companhia, entre eles Bank of America, Banco Santander, Banco BTG Pactual e Citigroup.

Apesar do rebaixamento, não são todos os analistas que compartilham a mesma opinião. A equipe de pesquisa do Itaú BBA manteve sua aposta e disse que os números divulgados pela OGX vieram em linha com as estimativas e “não trouxeram surpresas”. A recomendação é de performance acima da média.

Para o BMO Capital Markets, a reação do mercado foi “exagerada”, segundo o analista Christopher Brown. A Link Investimentos também possui o mesmo ponto de vista. “Acreditamos que, em um primeiro momento, o mercado esteja penalizando demasiadamente as ações”, escreveu o analista Andrés Kikuchi, em relatório no qual colocou a recomendação e preço-alvo para os papéis em revisão.

 Rodolfo Amstalden, analista da Empiricus, avalia que a OGX optou até agora pela estratégia de mapear as suas reservas, ao contrário de perfurar mais poços para converter os recursos de prospectivos para de contingência.

“Não tem como exigir tudo apenas um ano depois da última análise. É uma questão de foco da empresa. Depois (de 2011 a 2013) a ideia é concentrar maiores esforços em um poço específico no sentido de converter para contingentes. Para ter os dois é preciso tempo, coisa que a OGX não teve considerando o intervalo de um ano”, destaca.

Perdas

A OGX contabilizou ontem uma diminuição de 10,9 bilhões de reais em seu valor de mercado por causa da frustração dos investidores frente ao relatório da D&M. 

Para o banco norte-americano Merril Lynch, a OGX pode terminar 2011 com menos de 1 bilhão de dólares em caixa, o que deve exigir que a companhia recorra a ajuda do mercado.

Em teleconferência, Eike Batista disse que vai levantar recursos tanto com emissão de bônus, quanto com o mecanismo "oil financing", que já foi utilizado pela Petrobras, e que implica em uma venda antecipada de óleo.

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