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Ações da Inditex, dona da Zara, sobem mais de 6% após sinal de retomada das vendas

Faturamento ficou ligeiramente abaixo do previsto, mas nova coleção animou investidores com avanço de 9% nas vendas em setembro

Zara: vendas da nova coleção subiram 9% entre agosto e setembro (Yurii Stefanyak/Getty Images)

Zara: vendas da nova coleção subiram 9% entre agosto e setembro (Yurii Stefanyak/Getty Images)

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 09h44.

As ações da Inditex, dona da Zara, estão em forte alta após a empresa divulgar seus resultados semestrais. Na manhã desta quarta-feira, 10, por volta das 8h35 (horário de Brasília), os papéis disparavam mais de 6%, impulsionados pelos bons resultados iniciais da coleção de outono e inverno.

A reação positiva veio mesmo com vendas abaixo do esperado no segundo trimestre: a companhia reportou faturamento de € 10,08 bilhões (R$ 64,1 bilhões), ligeiramente abaixo da estimativa de € 10,26 bilhões (R$ 65,2 bilhões) compilada pela LSEG.

Vendas da Zara

O mercado reagiu à sinalização de que as coleções de outono e inverno, recém-lançadas no hemisfério Norte, foram “muito bem recebidas” pelos consumidores. Entre 1º de agosto e 7 de setembro, as vendas em moeda constante cresceram 9% na comparação anual, ritmo mais acelerado que os 5,1% registrados no primeiro semestre.

Segundo analistas do Citi, o resultado mostra uma “aceleração significativa” no início do terceiro trimestre para a gigante do varejo. Já os analistas do banco americano Jefferies destacam que a manutenção da margem bruta em 58,3% reforça a capacidade da companhia de atravessar um cenário desafiador na Europa.

O CEO Óscar García Maceiras afirmou que o desempenho no primeiro semestre foi sólido diante de um “ambiente de mercado complexo” e destacou que a empresa continuará investindo em logística. Ao todo, a Inditex vai investir € 1,8 bilhão (R$ 11,45 bilhões) até o final de 2025, valor que inclui a compra de participação na startup de automação Theker Robotics.

Apesar da recuperação recente, as ações da Inditex ainda acumulam queda no ano, após quatro anos de crescimento robusto. O mercado segue atento ao impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos e à valorização do euro frente ao dólar, que reduz o peso das vendas americanas no resultado do grupo espanhol.

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