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Ações da Eletrobras tem alta de mais de 200% com volta a NY

O American Depositary Receipts (ADR) subia 228% por volta das 12h10 (horário de Brasília) e era negociado a US$ 6,43, a maior cotação desde agosto de 2012


	Eletrobras: o American Depositary Receipts (ADR) subia 228% por volta das 12h10
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Eletrobras: o American Depositary Receipts (ADR) subia 228% por volta das 12h10 (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 16h09.

Nova York - Os papéis da Eletrobras voltaram a ser negociados nesta quinta-feira, 13, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) depois de quase cinco meses suspensos do pregão e registram forte alta.

O American Depositary Receipts (ADR) subia 228% por volta das 12h10 (horário de Brasília) e era negociado a US$ 6,43, a maior cotação desde agosto de 2012.

A negociação dos papéis estava suspensa desde o dia 18 de maio, com o ADR cotado em US 1,96. A razão foi que a Eletrobras não entregou o formulário 20-F referente ao ano de 2014.

O relatório é exigido pelos reguladores dos Estados Unidos e contém todas as informações financeiras da companhia.

Sem o documento, a NYSE retirou os papéis do pregão e iniciou um processo para deslistar as ações da Eletrobras.

Uma audiência na bolsa para defesa da companhia estava marcada para esta quinta-feira, mas na quarta-feira, 12, a bolsa norte-americana concordou em permitir a volta das negociações dos papéis.

Na terça-feira, 11, a empresa brasileira entregou o 20-F para a Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos EUA.

Foram enviados tanto o formulário de 2014 como o de 2015. No mesmo dia, a empresa apontou necessidade de baixa contábil de R$ 302 milhões por conta de investigações internas sobre irregularidades.

Envolvida nas investigações da Operação Lava Jato, por conta de denúncias de corrupção em sua subsidiária Eletronuclear, a Eletrobras é alvo de uma ação coletiva de investidores nos Estados Unidos e não estava conseguindo fechar as demonstrações contábeis de 2014 e 2015.

Com isso, a KPMG, empresa que faz a auditoria dos balanços da companhias, não aceitou certificar os dados sem ressalvas.

A SEC não aceita o formulário 20-F com ressalvas e a Eletrobras foi adiando a divulgação e negociando extensões de prazos com a NYSE, até que não teve mais como adiar e no dia 17 de maio a bolsa norte-americana anunciou a decisão de suspender o papel a partir do pregão do dia seguinte.

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