'Baby Shark': vídeo da música é o mais visto da história do YouTube (Rudzhan Nagiev/Getty Images)
Repórter
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 08h14.
As ações da empresa de entretenimento The Pinkfong Company, dona do sucesso infantil "Baby Shark", dispararam mais de 60% na estreia da empresa na bolsa da Coreia do Sul nesta terça-feira, 18.
As ações da Pinkfong chegaram a 61.500 wons no pregão, alta superior a 60% em relação ao preço de estreia de 38.000 wons. Após o pico, os papéis eram negociados a 39.600 wons. A companhia precificou o IPO no teto da faixa e levantou US$ 51,9 milhões (R$ 276,52 milhões).
Desde que foi lançado em 2016, "Baby Shark" se tornou o vídeo mais assistido no YouTube, com mais de 16 bilhões de visualizações.
O analista Choi Jong-kyung, da Heungkuk Securities, disse à Reuters que a estreia da Pinkfong vem na esteira de outras listagens de sucesso na Kosdaq, em um momento em que as ações sul-coreanas acumulam forte alta.
A Pinkfong disse que pretende usar os recursos captados para expandir operações globais, investir em conteúdo 3D e em inteligência artificial para acelerar o lançamento de novos personagens, segundo o prospecto da oferta e declarações do CEO, Kim Min-seok.
O objetivo da companhia é ir além da atuação focada na primeira infância e se posicionar como uma empresa de entretenimento para toda a família.
O desafio será provar aos investidores que pode ir além de um único sucesso. Embora tenha expandido seu portfólio para jogos, shows e conteúdo educacional, a Pinkfong ainda não conseguiu repetir o impacto viral de “Baby Shark”.
Além do sucesso no YouTube, a Pinkfong diversificou receitas com produtos licenciados e merchandising, que incluem brinquedos de pelúcia, roupas, cereais e curativos vendidos por gigantes do varejo como Walmart e Amazon.
A empresa também aproveitou o sucesso da canção infantil para lançar aplicativos, programas de TV, shows ao vivo e até um longa-metragem. Analistas estimam que “Baby Shark” sozinho gera dezenas de milhões de dólares por ano, mas o faturamento recorrente vem cada vez mais do licenciamento e de conteúdos derivados.