Invest

Ações da Cogna (COGN3) caem 13% em fevereiro; veja quais foram as maiores quedas do Ibovespa no mês

Por outro lado, o Ibovespa, ainda que aos trancos e barrancos, acumulou uma alta de 0,99% no último mês

As ações da Cogna (COGN3) caíram mais de 13% no mês de fevereiro (Divulgação/Divulgação)

As ações da Cogna (COGN3) caíram mais de 13% no mês de fevereiro (Divulgação/Divulgação)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 19h18.

A ação que mais caiu no Ibovespa no mês de fevereiro foi da Cogna (COGN3). Ao longo do último mês, os papéis da empresa de educação acumularam uma queda de 13,7% na bolsa de valores brasileira. Por outro lado, o índice apresentou uma leve alta de 0,99%.

Um dos principais catalisadores para a queda da Cogna foi o rebaixamento das ações da companhia de neutro para venda pelo BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME). “Estamos rebaixando [as ações para venda] devido a um valuation esticado — vemos a ação da Cogna sendo negociada a 17,3 vezes o preço sobre o lucro (P/L) e 6,1 vezes o EV/EBITDA em 2024 (um grande prêmio em relação aos pares), momento de resultados fraco e riscos de surpresas negativas para as estimativas de consenso”, disseram os analistas em relatório.

Ainda assim, Rilton Brum, head de mesa de renda variável da RJ+ Investimentos, destaca que essa percepção não é um consenso no mercado, já que a XP recentemente lançou um relatório em que diz acreditar em um resultado sólido da companhia no quarto trimestre. “Porém, a fala do CFO da Cogna, Frederico Villa, descartando possíveis novas aquisições teve um efeito negativo no papel”, diz.

Soma (SOMA3) e CMIN (CMIN3) completam pódio de quedas do IBOV

O anúncio de uma possível fusão com a Arezzo (ARZZ3) fez os papéis do Soma (SOMA3) ficarem como a segunda maior queda do Ibovespa em fevereiro.Quando o anúncio foi feito e confirmado por ambas as companhias, a varejista chegou a disparar 16,8%, mas o fôlego foi perdido conforme os dias foram passando. Do final de janeiro para cá, SOMA3 acumulou uma queda de 11,62%.

Segundo Brum, como toda fusão, existe um tempo de “aprendizado” para ganho de sinergia. “O varejo de vestuário foi afetado negativamente pela alta de juros e ainda não voltou a receber o fluxo de capital. Ambas têm potencial upside, mas os investidores ainda não demonstraram tanto apetite pelos setor.”

Outra companhia que entrou no embalo das quedas de fevereiro no Ibovespa foi a CSN Mineração (CMIN3). A empresa, junto dos seus pares do setor, foi afetada pela queda do minério de ferro no mercado internacional. Diante de incertezas quanto à economia chinesa — e a sua demanda pela matéria-prima — o minério de ferro chegou a cair para a sua menor cotação em quatro meses, derrubando consigo as mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas no último mês.

As maiores quedas do Ibovespa do mês

Confira as últimas notícias de Invest:

Acompanhe tudo sobre:Cogna Educação (ex-Kroton)Grupo SomaCSN Mineração (CMIN3)AçõesIbovespa

Mais de Invest

Gol firma acordo com último credor para apoio ao plano de recuperação

Cenário está propício para ‘garimpar’ oportunidades na bolsa, diz analista

Quanto rende o prêmio de R$ 38 milhões da Mega-Sena?

Até 14% em dividendos: esta ex-estatal pode virar ‘máquina de renda extra’