Cielo (CIEL3): companhia traz bons resultados, mas ações passam por correção (Cielo/Divulgação)
Beatriz Quesada
Publicado em 1 de novembro de 2022 às 15h42.
Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 18h42.
As ações da empresa de meios de pagamentos Cielo (CIEL3) recuam quase 8% e lideram as baixas do Ibovespa nesta terça-feira, 1, mesmo após divulgar resultados positivos.
A companhia teve aumento de 99% no lucro líquido frente ao mesmo período do ano anterior, que chegou a R$ 422 milhões considerando também os resultados consolidados com a Cateno, negócio de gestão de cartões da companhia.
Analistas avaliam que o papel possa estar sofrendo realização de lucros após saltar 10% nos últimos dias. Vale lembrar ainda que os papéis da Cielo são os que mais se valorizam no ano – mesmo com a queda de hoje, a alta chega a 148% no acumulado do ano.
O resultado superou a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, que estimava um lucro de R$ 370 milhões para o período. Segundo a Cielo, o resultado é o melhor desde o segundo trimestre de 2019.
“Os volumes continuaram a expandir em um ritmo sólido (embora mais fraco que o 2T, impactado pela deflação) e a receita cresceu pelo 3º trimestre consecutivo, refletindo os benefícios dos aumentos de preços. As despesas normalizadas cresceram em um ritmo mais lento do que a geração de receita, apesar do aumento do quadro de funcionários, impulsionando o Ebitda”, afirmaram, em nota, os analistas do Bank of America.
Embora se mantenham otimistas com a tese, analistas do Bank of America ressaltaram a expansão das despesas financeiras no período. O aumento foi de 100,7% para R$ 430,8 milhões.
O Itaú BBA também viu o resultado como positivo, mas destacou números abaixo do esperado na operação da Cateno. “ACateno registrou R$ 260 milhões em lucro líquido, 40% acima do ano anterior, mas 9% abaixo das nossas estimativas'', afirmaram em nota.
O BBA mantém preço-alvo de R$ 6,50 para Cielo, o que representa um potencial de valorização (upside) de 9,2% para os papéis em comparação com a cotação de fechamento da véspera, em R$ 5,95. Já o BofA vê um upside de 24,3% para a ação, que pode chegar a até R$ 7,4.
Leia mais: PRIO (PRIO3) registra alta de 733% no lucro líquido do 3T22