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Ações da Burberry disparam 16% após vendas trimestrais superarem expectativas

Os papéis da marca de luxo inglesa chegaram a registrar uma alta de 16% após a divulgação dos resultados do último trimestre

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 08h18.

As ações da marca de luxo inglesa Burberry (BRBY) dispararam 16% nesta sexta-feira, 24, após a empresa divulgar resultados trimestrais melhores do que os projetados por analistas. 

O entusiasmo do mercado se deve particularmente a uma queda nas vendas menor do que a esperada — sinal de que os esforços do CEO Joshua Schulman para reformular a marca estão indo na direção certa. 

No último trimestre do ano passado, as vendas da Burberry caíram 4%. A expectativa dos analistas, segundo um compilado feito pela própria empresa, era de que a queda fosse de 12%.

A receita total da empresa no período foi de £659 milhões (R$ 4,8 bilhões, na cotação atual), uma queda de 7% em relação ao ano anterior. 

Na região da Ásia e do Pacífico, as vendas caíram 9% no período. Já na região que engloba Europa, Oriente Médio, Índia e África, a queda foi menor, de apenas 2%. O continente americano foi o único mercado em que as vendas da marca registraram crescimento (4%), impulsionadas por um aumento geral no consumo de bens de luxo nos Estados Unidos.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, o CEO da Burberry disse que estava animado com a resposta dos clientes às últimas campanhas da marca, mas disse que ainda há muito trabalho a ser feito.

“Desde o lançamento do Burberry Forward em novembro, avançamos rapidamente para implementar nossa estratégia de reacender o desejo pela marca, melhorar nosso desempenho e gerar criação de valor sustentável a longo prazo”, afirmou Schulman.

De acordo com reportagem da CNBC, a chegada de Schulman na empresa em julho do ano passado, vindo da Michael Kors, faz parte de um esforço da marca para corrigir a rota depois de um longo período de baixo desempenho. 

Os investidores parecem ter renovado a confiança na Burberry com a chegada do novo executivo, embora ele seja o quarto CEO da marca na última década. Em novembro do ano passado, após um anúncio de que a marca centenária estava adotando um plano para retornar ao seu “propósito original”, as ações da empresa chegaram a um preço recorde.

Analistas também estão otimistas de que a melhora nos resultados da Burberry seja mais um indicativo da recuperação do mercado de luxo global. As esperanças aumentaram depois que o conglomerado Richemont divulgou, na semana passada, um crescimento expressivo nas vendas da marca de joias Cartier no final de 2024. Em contrapartida, a Chanel anunciou um corte de 70 vagas nos Estados Unidos.

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