Lançamento do iPhone 15 na Fifth Avenue, em Nova York (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 15h05.
Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 15h17.
As ações da Apple enfrentam o quarto pregão consecutivo em queda — e mais um rebaixamento. No intradia desta quinta-feira, 5, os papéis da fabricante caem 1,26% no índice Nasdaq, em Nova York, após a Piper Sandler mudar a recomendação de “overweight”, que equivale a compra, para “neutro”.
O preço-alvo das ações AAPL também foi cortado pelo banco de investimentos, saindo de US$ 220 para US$ 205. O movimento vai de encontro à percepção negativa da Barclays em relação à fabricante, que na terça-feira, 2, rebaixou a recomendação para o ativo de "neutro" para "venda", além de cortar o preço-alvo de US$ 161 para US$ 160 por ação.
Em relatório, assinado pelo analista Harsh Kumar, o banco de investimentos se diz preocupado com os estoques de iPhones no primeiro semestre de 2024, além de observar que as taxas de crescimento das vendas unitárias dos aparelhos “atingiram o pico”. Segundo ele, os aparelhos representam aproximadamente 51% do faturamento total da fabricante.
Junto a isso, a Piper Sandler aponta que a Apple enfrentará um cenário mais desafiador, sobretudo com a tendência de que a macroeconomia chinesa esteja menos aquecida ao longo dos próximos meses. “Comparações difíceis com 2023, juntamente com desafios de moeda constante, são esperados para continuar no primeiro semestre deste ano, com as taxas de juros permanecendo elevadas."
E não foram apenas os bancos estrangeiros que mudaram suas percepções sobre a Apple. Em setembro, quando a fabricante lançou o iPhone 15, o Itaú BBA rebaixou a recomendação das ações para “venda”.
Na ocasião, o banco brasileiro alertou sobre um possível menor volume de entregas e apontou que o nível de preços dos aparelhos era considerado alto demais. Além disso, os analistas destacaram que os resultados do terceiro trimestre da Apple, bem como os de outras gigantes do setor, foram "os mais fracos já vistos em muito tempo".