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Ações da Alibaba caem em quase 9% após retaliações da China às tarifas de Trump

Ações de XPeng, NIO e Li Auto caíram após Trump impor tarifas globais mais altas do que o esperado sobre a China

Ações chinesas caem após retaliação (Andrew Burton/Getty Images)

Ações chinesas caem após retaliação (Andrew Burton/Getty Images)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 7 de abril de 2025 às 10h14.

As ações de empresas como Alibaba (BABA), PDD Holdings, Baidu e JD.com caíram 8,7% para US$ 118,14 após o anúncio das tarifas. A PDD Holdings que caiu 7,3%, em particular, enfrenta desafios adicionais devido à sua plataforma internacional Temu, que compete diretamente com a Amazon (AMZN) nos Estados Unidos. 

A Temu tem se beneficiado de uma isenção tarifária para pacotes de baixo valor, mas essa vantagem está sendo ameaçada por mudanças nas políticas de comércio.

Empresas chinesas têm enfrentado desafios devido às recentes tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Em abril de 2025, Trump anunciou uma tarifa de 34% sobre importações da China, elevando o total das tarifas para 54%. 

A medida foi recebida com críticas de Pequim, que prometeu retaliar com tarifas e medidas não tarifárias sobre produtos americanos. A China, por sua vez, anunciou uma tarifa de 34% sobre todas as importações dos EUA, a partir de 10 de abril.

Efeito sobre as ações chinesas

Os investidores estão cautelosos, considerando as implicações geopolíticas e econômicas dessas tarifas. Alguns, como o bilionário David Tepper, aumentaram suas apostas em ações chinesas, enquanto outros, como Carson Block, expressaram ceticismo devido a riscos contábeis e geopolíticos.

As ações de fabricantes de veículos elétricos chineses, como XPeng, NIO e Li Auto, registraram declínios significativos, com quedas de 7,9%, 7,8% e 6,3%, respectivamente.

Essas perdas acentuadas ocorreram após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar na quarta-feira a imposição de tarifas mínimas de 10% a todos os países, além de aplicar tarifas "recíprocas" mais altas do que o esperado sobre parceiros comerciais específicos dos EUA, incluindo a China.

Adaptações e Desafios Futuros

Empresas como Temu e Shein estão se preparando para adaptar suas estratégias de logística, aumentando a produção dentro dos EUA para evitar tarifas. No entanto, o aumento dos custos devido às tarifas pode afetar a competitividade dessas plataformas, que dependem de preços baixos para atrair consumidores.

As tarifas impostas por Trump representam um desafio significativo para as empresas chinesas, especialmente aquelas com operações internacionais. Enquanto os investidores buscam oportunidades em um mercado volátil, as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças nas políticas comerciais para manter sua competitividade global.

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