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Ações da AB Inbev sobem após EBITDA melhor que o esperado

Na China, a AB InBev disse que foi afetada pelo clim, reduzindo a receita em 15,2%

AB InBev é dona de marcas como a belga Stella Artois (Yves Herman/Reuters)

AB InBev é dona de marcas como a belga Stella Artois (Yves Herman/Reuters)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 08h07.

Maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev relatou nesta quinta-feira, 1, um lucro básico acima das previsões para o segundo trimestre. Cortes de custos compensaram vendas mais fracas, segundo a Reuters.

A empresa divulgou um aumento de 10,2% no EBITDA, superando a previsão dos analistas de crescimento de 8,3%.

Embora a receita e os volumes tenham ficado aquém das previsões, os analistas disseram que a AB InBev, fabricante da Budweiser, Stella Artois, Corona, entre outras marcas, apresentou desempenho sólido em relação aos resultados de concorrentes como a Heineken, de acordo com a Reuters.

Com o balanço, as ações no pré-mercado subiram 0,34%, mas permanecem 5% abaixo desde o início do ano.

As ações da Heineken, a segunda maior cervejaria do mundo, caíram mais de 9% na segunda-feira depois que a empresa disse que um aumento de vendas antecipado não se materializou devido a problemas climáticos

"Estamos encorajados com nosso desempenho no primeiro semestre do ano e continuamos focados na execução consistente de nossa estratégia", disse o CEO Michel Doukeris.

A estratégia da AB InBev inclui impulsionar um novo crescimento por meio de cervejas sem álcool e produtos como coquetéis em lata, vendendo mais por meio de canais digitais e aumentando a eficiência em todos os seus negócios.

Após a pandemia da COVID-19 em 2020, todas as cervejarias enfrentaram um aumento acentuado nos custos de insumos, da cevada ao alumínio, mas as margens de lucro agora estão definidas para expansão à medida que as pressões de custo diminuem.

Na China, a AB InBev disse que foi afetada pelo clim, reduzindo a receita e os volumes em 15,2% e 10,4%, respectivamente. Na Argentina, um aumento na inflação pressionou os consumidores e as vendas. Os volumes caíram mais de 20% no segundo trimestre, segundo a companhia.

A empresa também viu sua receita cair 0,6% no mercado-chave dos EUA, onde o boicote à Bud Light tirou a cervejaria de sua primeira posição como a cerveja mais vendida do país no ano passado. No ano passado, uma influencer trans promoveu um concurso da marca, o que deixou o público conservador enfurecido, que passou a boicotar a Bud Light.

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