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Ações da Cesp disparam com possível renovação das concessões

Emissão de MP pode resolver o impasse imediatamente; futuro incerto travou fusões e aquisições no setor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2010 às 14h35.

As empresas que atualmente detém as concessões poderão renová-las desde que aceitem reduzir as atuais tarifas de energia, uma vez que o governo entende que os investimentos feitos nas construções dessas hidrelétricas já teria sido amortizado.

Com a notícia, as ações da Companhia Energética de São Paulo (CESP6) dispararam, atingindo uma alta de 8,72% às 13h31. Os papéis eram vendidos a 24,68 reais. A geradora de energia está entre as principais beneficiadas pela possível medida e, no mercado, existe a expectativa de que o governo paulista volte a tentar vendê-la em leilão assim que a renovação das concessões for confirmada.

A Cemig também será uma das beneficiadas caso a MP se concretize. Seus planos de adquirir outras empresas no setor estavam paralisados por causa da ameaça de não conseguir a concessão novamente. Outra empresa que está sendo prejudicada é a Eletrobrás, que não consegue prosseguir com sua compra de 41% da Celg, de Goiás. Esse plano da renovação imediata agrada o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner.

O governo federal havia cogitado a possibilidade de não abrir leilões e entregar o controle das empresas para a Eletrobrás. Mas a Constituição proíbe essa prática, já que a companhia opera em modelo de capital misto - público e privado. A alternativa que o documento dá é a nova licitação. Só a criação de uma nova estatal faria o governo recuperar as operações das energéticas, o que fez a hipótese ser descartada.

Apesar de a reportagem não trazer informações sobre quando a medida provisória que renovará as concessões poderá ser editada nem quais seriam as reduções de tarifa possíveis, os analistas do banco britânico Barclays acreditam que o novo preço da energia vendida pela Cesp poderia ser de 73,90 reais/MWh, de 74,30 reais/ MWh da Chesf, de 65,80 reais/MWh de Furnas, de 65,20 reais/MWh da Copel e de 46 reais/MWh da Cemig.

Os analistas também acreditam que a grande beneficária da medida deve ser a Cesp entre as geradoras e a CTEEP entre as transmissoras de energia.

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