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Ações brasileiras são as que mais sofrem com moeda volátil

Papéis brasileiros são muito mais propensos a sofrer do que as ações mexicanas quando as moedas oscilam

Ação: para cada aumento de 10% na volatilidade da moeda, o mercado de ações brasileiro cai 1,4% (SasinParaksa/Thinkstock)

Ação: para cada aumento de 10% na volatilidade da moeda, o mercado de ações brasileiro cai 1,4% (SasinParaksa/Thinkstock)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 21 de março de 2018 às 11h14.

As ações brasileiras são muito mais propensas a sofrer do que as ações mexicanas quando as moedas latino-americanas oscilam, de acordo com um estudo dos estrategisstocktas do UBS Group AG.

Uma análise de regressão histórica aponta que, para cada aumento de 10% na volatilidade implícita do peso mexicano, seu mercado de ações cai 0,8% em moeda local. Para as ações brasileiras, a queda quase dobra, indo a 1,4%, segundo relatório dos analistas Alan Alanis e Sambuddha Ray.

As coisas podem ficar bagunçadas este ano, com eleições no México, no Brasil e na Colômbia, e a volatilidade cambial tende a aumentar à medida que se aproximam. Esses países também estão entre os principais mercados emergentes para a volatilidade das moedas.

"Isso pode ser apenas o início de tempos mais arriscados", escreveram Alanis e Ray. "Se os padrões históricos se repetirem, os riscos cambiais devem aumentar em 30%-40% quando nos aproximarmos das eleições."

Para controlar a volatilidade nas carteiras de ações, as ações favoritas do UBS são aquelas com baixa alavancagem, que também se beneficiam de um dólar mais forte, como Ambev, Klabin, Raia Drogasil, Gruma, Banorte e Arca Continental.

Na outra ponta, entre os nomes que podem sofrer com o aumento da volatilidade cambial estão CSN, Via Varejo, BR Malls, Mexichem, Alfa e Coca-Cola Femsa.

 

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