Nildemar Secches (gravata vermelha), presidente do conselho de administração da Perdigão, com Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho de administração do grupo Sadia, na época da fusão (.)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2010 às 13h49.
São Paulo - As ações da Brasil Foods (BRFS3) têm forte queda nesta quarta-feira (30). O desempenho reflete a decisão da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda de aprovar, com restrições, a fusão entre a Sadia e a Perdigão. A Seae identificou concentração significativa em carne de peru e em produtos industrializados, que poderiam evitar a entrada de novas empresas
"Adicionalmente, observam-se concentrações no abate estadual de frango e peru, que teriam o potencial de impactar o elo dos criadores de animais das respectivas cadeias produtivas", diz o documento. Os papéis da companhia operavam, por volta das 11h, com baixa de 4,2%, negociadas a 24,23 reais.
De acordo com a Seae, existem duas alternativas para a aprovação do negócio. A primeira resultaria no licenciamento temporário, por cinco anos, de um ativo da marca principal (Sadia ou Perdigão), acompanhado da alienação do conjunto de ativos produtivos correspondentes à participação de mercado detida pela marca6
A outra saída seria a venda de um bloco de ativos das marcas Batavo, Rezende, Confiança, Wilson ou Escolha Saudável. Em relação às margarinas, a Seae sugere a alienação do conjunto de marcas, acompanhadas dos respectivos ativos produtivos, adquiridos da Unilever.
"Em complemento, sugere-se a adoção de medida comportamental pela qual as Requerentes se obrigam a divulgar e submeter ao CADE seus programas promocionais de fidelidade e bonificação junto aos pontos de venda, objetivando uma maior publicidade", mostra o documento.
Relatório da Seae (Apenas para Chrome e Firefox)
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