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Ações da Bradespar disparam com negociação de Eike Batista

Empresário estaria disposto a pagar 9 bilhões de reais para comprar participação do Bradesco no controle da Vale

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 14h34.

O anúncio do interesse do empresário Eike Batista em se tornar controlador da Vale por meio da aquisição das ações da Bradespar fez esses papéis dispararem no pregão desta terça-feira (8). Às 10h23, as ações da Bradespar, o braço de participações em empresas não-financeiras do Brasdesco (BRAP4), registravam alta de 5,01% -- a maior da sessão --, negociados a 30,60 reais. No mesmo instante o Ibovespa subia 1,45%, aos 57.473 pontos.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Eike Batista visitou a sede do Bradesco, em Osasco (SP), em agosto, para entregar a Lázaro Brandão, presidente do conselho de administração do banco, uma proposta de compra da Bradespar. O negócio pode superar os 9 bilhões de reais contabilizada a oferta a acionistas minoritários.

Antes da oferta, Eike quis saber a opinião do presidente Lula e, segundo o jornal, teria recebido seu aval. O mesmo aconteceu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e da Previ, Sérgio Rosa.

O controle da Vale é dividido entre a Bradespar (com 17,5% da Valepar, controladora da Vale com 53% de seu capital votante), Litel (de fundos de pensão, liderados por Previ com 58%), BNDESPar (com 9,5%) e o grupo japonês Mitsui, com 15%

O grupo Bradesco tem pouco mais de 25% do capital da Bradespar. Outros sócios são os bancos Espírito Santo, Geração Futuro e Credit Suisse Hedging Griffo (por meio de fundos de investimento) e a gestora americana BlackRock. Investidores menores têm 58%.

De acordo com o jornal, a entrada de Eike na Vale também abriria espaço para que a estatal absorvesse as empresas MMX e a LLX, o que seria um bom negócio para o empresário. Desde o fim de 2008, ele tenta vender o que sobrou da MMX e a LLX enfrenta ação civil pública do Ministério Público Federal contra o porto do Açu, no Rio, seu maior projeto. Se chegar à Vale, Eike terá que costurar novo acordo com os acionistas da Valepar.

O empresário também cogita a possibilidade de se candidatar à presidência da empresa, além de conselheiro.
 

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