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Ações da BM&FBovespa sobem 7% depois do resultado

Lucro da bolsa brasileira subiu 25% impulsionado pelos negócios no segmento de derivativos

"Ganhamos em eficiência", explica o diretor presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto (Germano Luders/Exame)

"Ganhamos em eficiência", explica o diretor presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2010 às 14h08.

São Paulo - As ações da BM&FBovespa (BVMF3) são o destaque de alta do pregão desta quarta-feira (12) e disparam mais de 7%, negociadas a 11,49 reais. O desempenho reflete o resultado do primeiro trimestre da empresa divulgado ontem depois do fechamento dos mercados. O lucro líquido avançou 24,75% na comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a 282,6 milhões de reais.

"A receita foi melhor do que imaginávamos, principalmente no segmento BM&F", disse Carlos Kawall, diretor financeiro, corporativo e de Relações com Investidores da bolsa. "Continuamos a ver o forte volume em abril e em maio. O volume de negócios está em torno de 3 milhões ao dia", afirmou o executivo durante teleconferência realizada com a imprensa nesta manhã.

O volume médio diário de contrato negociado na BM&F disparou 66,7% no primeiro trimestre, chegando em 2,453 milhões por dia. "Conforme esperado, o desempenho da receita foi bastante positivo, mas, além disso, a parte de custos veio muito boa", comenta em relatório o analista da Itaú Corretora, Alexandre Spada. A receita operacional líquida saltou 45%, alcançando 459,1 milhões de reais.

A surpresa dos custos foi depois esclarecida pelo diretor presidente da companhia, Edemir Pinto. "Não podemos tomar como base essas despesas. Ganhamos em eficiência e prorrogamos dois projetos", explicou o executivo. A empresa ainda não iniciou os pagamentos de 1 bilhão de dólares do aumento de participação na CME (Chicago Mercantile Exchange) e postergou a instalação do seu novo Data Center.

"Com isso, algum impacto nas despesas vai ser redistribuído ao longo dos próximos trimestres", adiantou Edemir Pinto. O executivo também anunciou uma emissão externa de dívida para pagar a totalidade dos recursos que serão transferidos para a CME no crescimento da fatia na bolsa de 1,8% para 5%, divulgado em fevereiro.

A BM&FBovespa anunciou ainda que está prestes a dar mais um grande salto em sua ousada estratégia de internacionalização do mercado de capitais nacional. A bolsa planeja lançar, em breve, uma tela de negociação que irá permitir o acesso de 90 milhões de investidores americanos às ações de todas as companhias brasileiras listadas.

"O estrangeiro irá acompanhar as ofertas das ações brasileiras na moeda dele", explica Cícero Vieira, diretor executivo de operações e TI da bolsa. "Hoje temos 500 mil investidores no Brasil. Nos EUA, eles são 90 milhões", anunciou Vieira. Ele explicou que a ferramenta está sendo desenvolvida em conjunto com uma empresa de tecnologia externa. A expectativa é lançar a tela no segundo semestre de 2010.

Apresentação do resultado do 1º trimestre de 2010 http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=31264962&access_key=key-2o02yzv7io48yelpilnn&page=1&viewMode=slideshow

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