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Acionistas reclamam da compra de Pasadena

Acionista Romano Allegro disse que Petrobras não cumpriu decisão arbitral e da Justiça, afastou tardiamente diretores e descumpriu parecer jurídico da estatal


	Refinaria de Pasadena: para presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras, suspeita de que compra foi mal feita e que foi pago preço superior ao real não foi esclarecida
 (Agência Petrobras / Divulgação)

Refinaria de Pasadena: para presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras, suspeita de que compra foi mal feita e que foi pago preço superior ao real não foi esclarecida (Agência Petrobras / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 17h52.

Rio - O presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, e acionista minoritário da estatal Romano Allegro protestaram nesta quarta-feira contra a compra da refinaria de Pasadena, durante assembleia de acionistas da empresa, realizada nesta tarde.

Allegro pediu a responsabilização da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na qualidade de ex-presidente e atual presidente, respectivamente, do conselho de administração da Petrobrás.

O acionista protocolou reclamação ontem no Ministério Público Federal (MPF) pedindo as reparações para a companhia. Ele propôs ação coletiva de responsabilidade civil por danos à Petrobras, causado por supostos atos ilícitos de Dilma e Mantega.

Também propôs ação civil pública de responsabilidade civil por danos aos acionistas da estatal, em razão de prejuízos sofridos.

Allegro reclamou que a Petrobras não cumpriu decisão arbitral e da Justiça, afastou tardiamente diretores e descumpriu parecer jurídico da própria empresa. "Tudo por decisão do conselho dos quais eram membros os dois representados", disse.

"É óbvio que ninguém gastaria quase US$ 400 milhões de seu próprio bolso para comprar um produto qualquer que, além de valer apenas US$ 21,5 milhões, não passou sequer por uma avaliação séria", disse, acusando ter havido falha no "dever de diligência" de administradores, previsto no estatuto da empresa.

Siqueira disse que a "suspeita de que a compra foi mal feita e que foi pago preço superior ao real não foi esclarecida". Segundo ele, o escândalo foi requentado pela nota da presidente Dilma Rousseff do mês passado, confirmando que aprovou a compra, mas por ter sido mal assessorada sobre o assunto.

"Demitiu o diretor, como se isso resolvesse", disse. Foram afastados dos cargos o presidente da Petrobras Americas, Orlando Azevedo, e o ex-diretor Internacional, Nestor Cerveró, que ocupava até o mês passado diretoria na BR.

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