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Ação do Nubank bate recorde com lançamento do NuCel, serviço de telefonia do roxinho

Ainda é cedo para determinar o efeito da entrada do Nubank ao jogo, mas o ambiente competitivo mais racional do mercado móvel está em um equilíbrio frágil, diz o BTG Pactual

NuCel: pacotes de R$ 45 a R$ 75 por mês para planos de 15GB a 35GB, (Qi Yang/Getty Images)

NuCel: pacotes de R$ 45 a R$ 75 por mês para planos de 15GB a 35GB, (Qi Yang/Getty Images)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 15h28.

Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 16h28.

O anúncio do lançamento do NuCel, serviço de telefonia do Nubank, deu novo gás para ação do banco digital na Nyse, onde o papel é negociado e levaram a um patamar jamais registrado. O papel chegou a subir 3% no começo da tarde, batendo os US$ 15,97. O ritmo de avanço diminuiu, e a ação subia 1,52%, para US$ 15,72, perto das 16h.

Nesta terça-feira, o Nubank lançou oficialmente sua operação de telefonia (como operador móvel virtual) no Brasil, utilizando a rede da Claro.

Com pacotes de R$ 45 a R$ 75 por mês para planos de 15GB a 35GB, o roxinho vem com uma oferta competitiva em comparação às disponíveis no mercado. Os clientes do serviço também terão direito às aplicações nas "caixinhas" do banco, com rendimento de 120% do CDI para aplicações até R$ 10 mil.

"À primeira vista, embora não seja super agressivo, os preços dos planos híbridos/pós-pagos são mais baixos do que os praticados pelas três operadoras tradicionais", observa o time do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).

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O plano básico do Nubank está sendo vendido por R$ 45 mensais e inclui 15GB de dados, em comparação com a Vivo, que oferece 14GB por R$ 55 ao mês, a TIM, que vende por R$ 58 (15GB + 10GB de bônus), e a Claro, que oferece 15GB por R$ 55 (mais 8GB para uso no YouTube e outras aplicações específicas).

"Os usuários de planos híbridos/controle tendem a ser muito sensíveis ao preço. Um desconto de R$ 10/mês é significativo o suficiente para pressionar as operadoras tradicionais a criarem promoções ou reduzirem preços", diz o time do BTG.

Segundo os analistas, ainda é cedo para determinar o efeito da entrada do Nubank ao jogo, mas o ambiente competitivo mais racional do mercado móvel está em um equilíbrio frágil.

O mercado reagiu ao anúncio penalizando os papéis das concorrentes. A ação da TIM, negociada na B3, recuava 2,85%, há pouco, para R$ 16,70. O papel da Vivo (Telefônica Brasil) caía 2,80%, para R$ 52,35, enquanto o recibo de ação (ADR) da America Movil, dona da Claro, recuava 2,46% na Nyse, para US$ 16,30.

Atualmente, o valor de mercado do Nubank é de US$ 74 bilhões.

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