Mais de 421 milhões de ações do Facebook foram postas no mercado, a 38 dólares, gerando uma captação de 104 bilhões (Emmanuel Dunand/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2012 às 17h32.
San Francisco - A ação do Facebook despencou 6 por cento para uma nova mínima recorde nesta terça-feira, recuando pelo terceiro pregão seguido desde que os resultados trimestrais da rede social mostraram desaceleração no crescimento de sua base de usuários.
Investidores puniram a ação da maior rede social do mundo e de outras empresas da internet focadas em consumidores, como a Zynga, questionando sua habilidade de sustentar crescimento e manter avaliações elevadas.
Na semana passada, o Facebook divulgou seu balanço trimestral mas não apresentou previsões para o ano, assustando investidores em busca de segurança sobre crescimento da empresa em 2012.
O mercado também está se preparando para um dilúvio de milhões de ações após 16 de agosto, quando expira a proibição de venda de papéis de funcionários da empresa após a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).
Apesar de ter perdido 40 por cento de seu valor desde seu IPO, em 18 de maio, a ação do Facebook ainda é negociada a 47 vezes resultados projetados, ante 15 vezes do Google.
Nesta terça-feira, o analista Carlos Kirjner, do Bernstein Research, elevou sua classificação do Facebook para "market-perform", mas estimou que a expiração da proibição de vendas pode gerar até 211 milhões de vendas.
Ele avaliou o negócio central do Facebook a apenas 19 dólares por ação. Mas disse, também, que o potencial inovador da empresa vale um prêmio de 4 dólares. O Bernstein estabeleceu como preço-alvo para a ação do Facebook em 12 meses o valor de 23 dólares.
O número de ações atualmente em circulação pode quase triplicar até novembro, conforme mais e mais funcionários começarem a vender suas ações, alertou Kirjner.
A ação do Facebook fechou o pregão com queda de 6,22 por cento, a 21,71 dólares.