Mercados

Ação do BCE no curto prazo é fundamental para acalmar mercados, diz BNP

“O risco está aumentando”, explica Marcelo Carvalho, economista-chefe para a América Latina

A direção propôs demissões voluntárias e mobilidade para os funcionários com contrato fixo há menos de um ano (Loic Venance/AFP)

A direção propôs demissões voluntárias e mobilidade para os funcionários com contrato fixo há menos de um ano (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 11h20.

São Paulo – Uma ação de curto prazo do Banco Central Europeu (BCE) para estabilizar o mercado de títulos da dívida dos países da zona do euro é fundamental para aliviar os mercados financeiros, afirma o economista-chefe para a América Latina do banco BNP Paribas, Marcelo Carvalho.

“É difícil ver o equacionamento sem uma atuação muito forte do BCE”, disse durante uma teleconferência com jornalistas realizada nesta segunda-feira. “O risco está aumentando”, ressalta. A ajuda da autoridade monetária europeia é uma premissa adotada na projeção econômica global do banco francês.

Atualmente, o BCE só tem atuado na compra de títulos no mercado secundário.

A expectativa é de que o PIB (Produto Interno Bruto) na Zona do Euro suba 1,5% em 2011 e zero no ano que vem, com a retomada do crescimento para o segundo semestre de 2012. O BNP espera que o BCE também reduza o juro em 0,25 ponto percentual em cada uma das duas próximas reuniões. A taxa está em 1,25% ao ano.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu em um relatório com as previsões para 2012 publicada hoje uma atuação mais forte do BCE, como a redução do juro básico e de medidas “extraordinárias” para salvar a economia da região.

"O BCE deve comprar bônus e estabelecer um limite para os yields, ou um piso para o valor dos bônus, para que os mercados saibam que existe uma contraparte pronta para negociar esses bônus nesse nível", ressaltou Pier Carlo Padoan, economista-chefe da instituição.

Confira as projeções do BNP:

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