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Ação da TIM é a melhor da América Latina no setor, diz banco

Cenário ruim já foi precificado pelos investidores e potencial de alta chega a 40%


	As ações da TIM acumulam uma queda de 5% no ano
 (Marcel Salim/EXAME.com)

As ações da TIM acumulam uma queda de 5% no ano (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 13h59.

São Paulo - Mesmo enfrentando um cenário econômico desfavorável e as pressões regulatórias da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a TIM (TIMP3) continua sendo a aposta preferida dos analistas do HSBC no setor de telecomunicações na América Latina. As ações da TIM acumulam uma queda de 5% no ano, contra uma leve baixa de 0,3% da Vivo (VIVT4) e a alta de 13% da Oi (OIBR3; OIBR4).

Considerando uma redução no crescimento do segmento de telecomunicações devido ao enfraquecimento da economia, os analistas Richard Dineen , Sean Glickenhaus e Luigi Minerva que assinam o relatório, recomendam aos investidores as ações porque a empresa oferece um crescimento superior às concorrentes mesmo nesse cenário desafiador.

A taxa de crescimento anual do Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 3 anos para a TIM é de 10,7%, mais que o dobro da média da América Latina (4,1%).

Tempos difíceis

A recente proibição de vendas em alguns estados para a TIM deve ter um impacto mínimo nos resultados do terceiro trimestre (menos de 0,5%), mas pode haver um dano prolongado à marca, além dos investimentos na ampliação da rede necessários para atingir as exigências da Anatel. “De forma geral, prevemos que os tempos difíceis terão continuidade ao longo do resto do ano e, sem dúvida, em 2013”, diz o relatório do HSBC.

Uma nova determinação da agência reguladora proíbe as operadoras de cobrarem por novas chamadas para um mesmo número se a ligação cair. Todas as operadoras serão atingidas, mas a TIM deve ser a mais afetada. Na semana passada, o Ministério Público no Paraná divulgou um relatório de fiscalização da agência que acusava a TIM de derrubar intencionalmente a ligação dos clientes do plano Infinity para ganhar pela cobrança de uma nova chamada. 


No entanto, segundo o banco Bank of America Merrill Lynch, as operadoras devem se pouco afetadas. De acordo com a análise do banco, baseado nos números divulgados pela Anatel, as quedas de ligações respondem por aproximadamente 0,70% a 0,75% do total das chamadas. Assumindo que metade das ligações caídas não sejam mais cobradas, isso responderia por menos do que 1% do Ebitda das empresas.

Perspectivas

Para avaliar os caminhos que a TIM pode seguir nos próximos meses, os analistas do HSBC projetaram dois cenários, um pessimista e um otimista, em comparação às projeções atuais e ao preço alvo de 12 reais.

No cenário pessimista, os analistas projetaram queda na receita média por unidade (ARPU, na sigla em inglês), desaceleração do crescimento no número de assinantes e aumento no investimento. Nessa situação, o crescimento do Ebitda seria de 5,8% e o da receita de 6,6%, com queda do valor projetado das ações da TIMP3 de 12 reais para 9 reais.

Já no cenário otimista, os analistas consideraram aumento no ARPU, forte crescimento no número de assinantes e investimento mais baixo. Dessa forma, as projeções de crescimento do Ebitda e da receita ficam em 13,2% e 12,7%, respectivamente, com aumento no valor das ações de 12 reais para 15 reais.

Os analistas ressaltam que a balança de riscos para o restante de 2012 tende para o lado da baixa, mas mesmo assim mantém a classificação de overweight (alocação acima da média do mercado) e reiteram a preferência pelas ações da TIM no setor das telecomunicações. 

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