Repórter colaborador
Publicado em 29 de abril de 2024 às 08h15.
Última atualização em 29 de abril de 2024 às 16h42.
A Philips registrou aumento recorde de 37% em suas ações na Bolsa de Amsterdã nesta segunda-feira. No pré-mercado americano, os papéis da gigante holandesa subiam 41%. E qual o motivo da euforia dos investidores? Na verdade, foi um alívio.
Isso aconteceu depois que a empresa anunciou um acordo de US$ 1,1 bilhão para resolver as reclamações dos EUA relacionadas ao recall de seu dispositivo para apneia do sono. O valor foi bem menor do que as previsões do mercado, o que levou a esse aumento repentino nas ações. A analista da Bloomberg Intelligence, Holly Froum, havia projetado anteriormente que os pagamentos poderiam variar entre US$ 2 bilhões e US$ 4,5 bilhões para resolver as reclamações.
Conforme a Philips anunciou nesta segunda, esses fundos serão designados para cobrir os custos relacionados a uma ação coletiva para monitoramento médico e reivindicações individuais de danos pessoais nos EUA. A empresa tem lidado com problemas relacionados a dispositivos de terapia do sono desde 2021. O defeito notificado foi uma deterioração da espuma de amortecimento de ruído dentro dessas máquinas - que poderia trazer risco à saúde do usuário.
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA classificou o defeito como um problema de Classe 1, seu nível mais alto de gravidade.
O CEO da Philips, Roy Jakobs, disse à Bloomberg que o acordo “cobre todas as reivindicações nos Estados Unidos, mesmo aquelas que ainda virão nos próximos seis meses”.
Os custos totais relacionados ao recall do dispositivo da apneia do sono agora são de aproximadamente US$ 5 bilhões.
Depois dessa série de problemas, a Philips aumentou as verificações de segurança em todos os seus produtos após o recall da apneia do sono.
A empresa também está lidando com uma iniciativa anticorrupção no setor de saúde da China, que impôs padrões mais rígidos para várias categorias de dispositivos.