Mercados

Separe sonho da realidade ao comprar ação da OGX, afirma Santander

Papéis da empresa de petróleo de Eike Batista já caíram cerca de 15% em 2011

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 18h19.

São Paulo – Investir nas ações das empresas de Eike Batista dependem, principalmente, na crença de que a empresa conseguirá desenvolver os projetos às quais se propõe, tendo em vista que a maioria encontra-se em fase pré-operacional. É o caso da OGX Petróleo (OGXP3). Há vários meses as apostas dos investidores têm se concentrado em uma possível venda de uma participação do bloco que a empresa possui na área da bacia de Campos, o esperado farm-out, provavelmente para algum investidor chinês.

Ações que podem disparar com a entrada de dinheiro chinês

A OGX ainda não deu data sobre a possível venda, mas disse em nota que “o processo de venda de participação minoritária nos blocos na bacia de Campos segue em andamento durante o ano de 2011”. Até agora, contudo, nada. Em meio às incertezas, a paciência de alguns parece ter começado a passar. As ações estão entre as maiores quedas do ano, em torno de 15%. Olhando para isso, a equipe de analistas do Santander decidiu realizar uma análise sóbria e conservadora da empresa, separando dos cálculos os potenciais ganhos com a venda ou as estimativas de novos campos de exploração.

“A qual preço a ação da OGX fica muito atraente para ser irresistível?”, escreveram Christian Audi e Vicente Falanga Neto, em relatório. Segundo os analistas, além da preocupação com o farm-out, os investidores estão preocupados com um relatório que está sendo produzido pela consultoria DeGolyer and MacNaughton com as estimativas das reservas de petróleo da empresa, as especulações da imprensa sobre as razões detrás da saída de alguns executivos, competição por destaque no setor que possui outros nomes no Brasil, e um fluxo de notícias mais silencioso em termos de estimativas para reservas.

“Uma postura que pode ajudar os investidores a determinar o nível no qual a ação da OGX estaria muito baixa para ser ignorada seria uma análise fundamentalista da empresa com estimativas bastante conservadoras”, afirmam. Segundo os analistas, o investidor deve assumir que a bacia de Campos é a única fonte segura de barris baseado na grande experiência da empresa nessa bacia, assim como a muito bem sucedida campanha exploratória nesta área. “Ou seja, esqueça as campanhas nas bacias de Santos, Parnaíba, Pará-Maranhão, e Espírito Santo, além dos barris da Colômbia”, destacam os analistas.

A outra sugestão do Santander é utilizar o nível inferior do intervalo de projeções para as reservas da bacia de Campos. Ou seja, a ideia é assumir que a empresa possui apenas 4,1 bilhões de barris de petróleo equivalentes. O resultado final da análise é de que a 14,50 reais a ação é quase irresistível. Atualmente, o papel oscila perto do nível dos 17 reais. A recomendação do banco é de compra dos papéis, com um preço-alvo de 33 reais para o final de 2011.

Leia mais: HSBC reduz preço-alvo às ações do Bradesco após resultados

Direto da Bolsa: Mais uma empresa em busca de IPO

Acompanhe tudo sobre:AçõesAnálises fundamentalistasbolsas-de-valoresEike BatistaEmpresáriosEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoMercado financeiroMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Mercados

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real

Ibovespa fecha em queda, apesar de rali pós-Fed no exterior; Nasdaq sobe mais de 2%

Reação ao Fomc e Copom, decisão de juros na Inglaterra e arrecadação federal: o que move o mercado