De acordo com a Novo Nordisk, o novo estudo incluirá milhares de participantes e será conduzido em diversos países (Novo Nordisk/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 10 de junho de 2025 às 15h41.
Última atualização em 10 de junho de 2025 às 16h04.
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk deu início a um novo estudo clínico com o medicamento experimental CagriSema, direcionado para o tratamento da obesidade. A iniciativa marca mais um passo da empresa na corrida por soluções para o controle de peso, em meio à crescente demanda global por terapias contra a obesidade. A notícia animou os investidores. Os papéis da empresa subiam quase 5,8% na tarde desta terça-feira.
Segundo informações da Reuters, o ensaio de fase avançada avaliará a eficácia e segurança da combinação de cagrilintida e semaglutida — substâncias que atuam na regulação do apetite e no controle glicêmico. A expectativa é que o CagriSema ofereça resultados superiores aos já conhecidos medicamentos da empresa, como o Wegovy, que se tornou um dos líderes de mercado no segmento de perda de peso.
De acordo com a Novo Nordisk, o recente estudo incluirá milhares de participantes e será conduzido em diversos países. A empresa aposta no potencial do CagriSema para ampliar seu portfólio de tratamentos contra a obesidade, condição que afeta mais de 750 milhões de pessoas no mundo.
A movimentação ocorre em um momento de intensa concorrência no setor, com empresas como a Eli Lilly também investindo pesado em medicamentos similares. A corrida por soluções eficazes reflete não apenas o impacto da obesidade na saúde pública, mas também o potencial bilionário desse mercado.
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk decidiu reduzir os preços do Ozempic e Wegovy no Brasil. Os medicamentos à base de semaglutida terão cortes de até R$ 282 por caixa, dependendo da dosagem e do canal de venda. O anúncio ocorre em meio à disputa acirrada no mercado de medicamentos para obesidade e diabetes, pouco tempo depois da chegada do Mounjaro, da americana Eli Lilly, ao país.
Em abril, a companhia anunciou um investimento de R$ 6,4 bilhões para expandir sua fábrica em Montes Claros (MG), onde passará a produzir os próprios medicamentos à base de semaglutida a partir de 2028.