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Ação da Natura está “muito bem precificada”, diz Votorantim Corretora

Papéis da fabricante de cosméticos negociam com um prêmio de 53% sobre os ativos da Avon

Natura pretende investir cerca de 300 milhões de reais em logística, tecnologia da informação e capacidade industrial em 2011 (Germano Lüders/)

Natura pretende investir cerca de 300 milhões de reais em logística, tecnologia da informação e capacidade industrial em 2011 (Germano Lüders/)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 16h39.

São Paulo – As ações ordinárias da Natura (NATU3) estão “muito bem precificadas”. A avaliação é dos analistas Luiz Cesta e Marco Richieri, da Votorantim Corretora, em relatório. A recomendação é de manutenção das ações, com um preço-alvo de 47,90 reais para 12 meses.

Segundo eles, os papéis estão sendo negociados a um múltiplo (preço sobre lucro por ação para o final de 2012) de 19,1 vezes. Isso corresponde a um prêmio de 53% sobre a Avon, considerando as estimativas de lucro de consenso compiladas pela Bloomberg.

O relatório destaca também o último encontro dos analistas com a direção da Natura. Dentre os destaques, está a otimização do processo de venda de produtos. A empresa quer estreitar a relação com o consumidor final. Para isso, a principal ferramenta será a internet.

O objetivo é oferecer o maior número de informações sobre os produtos, realizar vendas online, possibilitar a entrega dos produtos no mesmo dia da compra e disponibilizar os consultores para eventuais dúvidas dos clientes .

Para 2011, o montante direcionado à tecnologia da informação, melhora na logística e aumento da capacidade industrial é de cerca de 300 milhões de reais. “A abertura de lojas está fora dos planos da Natura”, contam Cesta e Richieri.

Natura em novos mercados?

A hipótese não é descartada pela diretoria da empresa, mas nada será feito no curto prazo. Os executivos da Natura avaliam que a entrada em novos mercados é apenas uma questão de tempo, mas não há nada no radar agora, conforme cita o relatório.

“Como exemplo, os executivos explicaram que a China é atualmente um país interessante. Porém, entrar no mercado chinês, sem uma parceria seria muito difícil. Logo, eles precisariam de um empresário que entenda o mercado chinês e deseje entrar nesta empreitada com a Natura. De acordo com a empresa, esta seria uma possibilidade que seria estudada cuidadosamente”, finalizam os analistas.

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