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Ação da GOL despenca após 7º trimestre de prejuízo

Prejuízo foi de 197 milhões de reais, com margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) de 1,7 por cento


	Avião da GOL: para analistas do Citi, que esperavam prejuízo de 28 milhões de reais, o resultado foi "marginalmente positivo"
 (Divulgação/Gol)

Avião da GOL: para analistas do Citi, que esperavam prejuízo de 28 milhões de reais, o resultado foi "marginalmente positivo" (Divulgação/Gol)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 15h26.

São Paulo - As ações da empresa aérea GOL operavam em forte baixa no pregão desta quarta-feira, após a empresa ter divulgado sétimo trimestre consecutivo de prejuízo, apesar de registrar melhoras operacionais que reduziram o tamanho das perdas.

Às 15h19, a ação da empresa caía 5,8 por cento, a 9,39 reais, diante de variação positiva de 0,23 por cento do Ibovespa.

Apesar de novo resultado trimestral negativo, registrado entre julho e setembro, a GOL reduziu o prejuízo em 36 por cento ante o terceiro trimestre de 2012 e em 54 por cento na comparação com o segundo trimestre deste ano.

O prejuízo foi de 197 milhões de reais, com margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) de 1,7 por cento ante margem negativa de 1,8 por cento entre abril e junho.

Para analistas do Citi, que esperavam prejuízo de 28 milhões de reais, o resultado foi "marginalmente positivo".

"Os níveis de alavancagem financeira da companhia melhoraram e o Ebitdar de 373 milhões de reais superou com facilidade os 258 milhões reportados para o ano de 2012 inteiro. Continuamos compradores de GOL, apesar de esperarmos reação negativa na sessão de hoje", afirmou o Citi em relatório.

A GOL viu a sua relação entre dívida líquida ajustada e Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves) cair de 14,3 para 7,7 vezes entre o terceiro trimestre de 2012 e igual período deste ano.

"Apesar de todos os esforços, o cenário ainda não está confortável, e ainda há muito a ser feito", disseram analistas do Itaú BBA.


Para Mario Bernardes Junior, analista no BB-Investimentos, porém, o balanço da GOL do período foi positivo.

"O resultado foi muito bom, teve forte recuperação de margem. O único dado negativo foi a queda na taxa de ocupação, mas que foi compensado pelo Prask (sigla em inglês para receita por passageiro)", afirmou Bernardes.

A taxa de ocupação total da GOL, medida que indica o quão cheio estão os aviões, passou de 73,8 para 69,9 por cento entre o terceiro trimestre de 2012 e igual período deste ano. No segundo trimestre, a taxa havia sido de 74,8 por cento. Já o Prask subiu 21 por cento na comparação anual e 16 por cento sobre o segundo trimestre.

O analista do BB lembrou que a ação da GOL registrou forte alta entre setembro e outubro, mas considerou a queda desta sessão exagerada. Entre o fim de agosto e o último pregão de outubro, a ação da GOL acumula alta de mais de 30 por cento.

"A estratégia que a GOL vem tomando está funcionando ... e para o próximo trimestre a tendência é continuar essa recuperação porque o quarto trimestre é melhor para o setor aéreo", disse Bernardes, referindo-se a aumentos de preços de tarifas e cortes na oferta.

Para o UBS, os resultados da GOL no terceiro trimestre indicam que a empresa deve atingir as metas de 2013, que contemplam margem operacional Ebit entre 1 e 3 por cento. No acumulado de 2013, a margem está em 1,7 por cento.

"Com os resultados melhores que o esperado do terceiro trimestre, acreditamos que a GOL pode atingir facilmente sua meta de 2013", disse o analista Victor Mizusaki, em relatório.

"O cenário positivo para a indústria aérea brasileira é apoiado por uma relação apertada de oferta e demanda no Brasil, que provavelmente irá resultar em maior taxa de ocupação e margem Ebit", completou.

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