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Ação da Brookfield perde o fôlego após resultados

Papel já subiu mais de 30% neste ano; BTG e Fator recomendam cautela

Brookfield obtém lucro recorde e entra para a lista (Germano Lüders)

Brookfield obtém lucro recorde e entra para a lista (Germano Lüders)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 15h24.

São Paulo – O mercado está reagindo mal aos resultados de 2011 divulgados pela Brookfield (BISA3). Os papéis da incorporadora imobiliária estão entre as maiores quedas no pregão desta quarta-feira e chegaram a perder quase 5% hoje.

A empresa divulgou na noite de terça-feira que seu lucro líquido caiu 10,1% em 2011, totalizando 326,8 milhões de reais. “Acreditamos que os resultados do quarto trimestre de 2011 sustentam algumas das razões para nosso rating ‘neutro’ para os papéis da Brookfield”, afirmam Marcello Milman e Gustavo Cambauva, do BTG Pactual, em relatório distribuído para clientes.

No documento, os analistas citam como pontos negativos a baixa rentabilidade média da empresa e alta alavancagem, “que deve continuar subindo já que é esperado que a companhia continue queimando caixa em 2012”, afirmam. O preço-alvo estimado para daqui a 12 meses é de 8 reais, bem próximo ao valor de fechamento que o papel alcançou no pregão de ontem, de 7,08 reais.

Na Fator Corretora, a análise sobre a empresa também é cautelosa. “A Brookfield divulgou resultado regular, abaixo do consenso de mercado, porém pouco acima das nossas estimativas”, afirmam os analistas Iago Whately e René Brandt em relatório enviado para clientes.

A recomendação da Fator para os papéis é de manutenção, com preço-alvo estimado em 8,20 reais. Os papéis já subiram mais de 37% em 2012 e essa alta não deve se estender muito além. “Acreditamos que a boa performance das ações ao longo do ano não se justifica pelos seus fundamentos”, afirmam.

Do lado positivo, os analistas da Fator destacam que a companhia reduziu seu consumo de caixa trimestral. Por outro lado, a alavancagem da empresa é alta e o consumo de caixa deve continuar forte durante 2012. “Adicionalmente, a companhia precisa mostrar maiores avanços na sua estratégia de melhoria de rentabilidade, o que estimamos deve demorar mais do que esperado pelo mercado”, dizem.

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