Mercados

Abismo fiscal derruba bolsas europeias e o euro

Na ausência de um pacto, um conjunto de aumentos de impostos e cortes de gastos, somando mais de US$ 600 bilhões, entrará em vigor nos EUA na terça-feira


	Bolsa de Madri: às 8h30 (pelo horário de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,42%, enquanto a de Madri perdia 0,38% e a de Lisboa registrava queda de 0,40%
 (Jasper Juinen/Getty Images)

Bolsa de Madri: às 8h30 (pelo horário de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,42%, enquanto a de Madri perdia 0,38% e a de Lisboa registrava queda de 0,40% (Jasper Juinen/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 08h08.

Londres - A maioria das bolsas europeias opera em baixa e o euro recua diante do dólar, com os investidores menos esperançosos de que o Congresso dos Estados Unidos conseguirá fechar nas próximas horas um acordo para evitar o chamado abismo fiscal.

Na ausência de um pacto, um conjunto de aumentos de impostos e cortes de gastos, somando mais de US$ 600 bilhões, entrará em vigor nos EUA na terça-feira (01/01/2013). Analistas preveem que a não reversão das medidas poderá levar o país a uma nova recessão.

As negociações entre republicanos e democratas não avançaram no fim de semana, aumentando a possibilidade de que os EUA enfrentem de fato o abismo fiscal, mesmo que temporariamente. As conversas no Congresso norte-americano deverão ser retomadas por volta das 14h (pelo horário de Brasília), mas os mercados europeus já estarão fechados por causa de sessões mais curtas que antecedem o feriado de Ano Novo.

Para um analista da corretora de câmbio FX Pro, os EUA ainda estarão sujeitos a um rebaixamento de seu rating soberano mesmo que um acordo venha a ser alcançado nesta segunda-feira. "Nenhum acordo fechado no último minuto poderá ser suficiente para garantir que o orçamento dos EUA seja sustentável no longo prazo", comentou.

Por outro lado, a leitura positiva do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da China ajuda a conter as perdas na Europa. O PMI chinês, segundo pesquisa do HSBC Holdings, avançou para 51,5 em dezembro, de 50,5 no mês passado, atingindo seu maior nível em 19 meses.

Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade manufatureira. Na noite desta segunda-feira, sairá o PMI oficial da China, medido pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP) em conjunto com o Escritório Nacional de Estatísticas.

Às 8h30 (pelo horário de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,42%, enquanto a de Madri perdia 0,38% e a de Lisboa registrava queda de 0,40%. A de Paris destoava e avançava 0,36%. Os mercados de Milão e Frankfurt estão fechados nesta segunda-feira. Já o euro estava sendo negociado a US$ 1,3188, ante US$ 1,3216 no fim da tarde de sexta-feira 928). As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria