Fachada de loja da Hering (Mario Rodrigues)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 11h37.
São Paulo – A equipe de pesquisa da Coinvalores elevou nesta quarta-feira (10) as suas projeções para a Hering (HGTX3), empresa que atua no varejo de vestuário, principalmente após incorporar novas premissas macroeconômicas, além da remodelagem da marca e do forte plano da companhia para abertura de novas lojas.
Em relatório, os analistas Sandra Peres e Renato Raposo atribuíram o preço-alvo de 33 reais para as ações ordinárias da companhia em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 10% frente à cotação de 30 reais vista no fechamento do último pregão. Apesar do otimismo com a empresa, a recomendação para os papéis é de manter.
“Mesmo com a projeção de crescimento via abertura de lojas, mantemos nossos números conservadores dado o desaquecimento do cenário macroeconômico que acaba corroborando nossa recomendação”, explicam os analistas.
Segundo a Coinvalores, o cenário internacional, que está bastante negativo, acaba contaminando o desempenho das ações da companhia. “Mesmo que a Hering tenha pouca presença em outros países, a fuga de capitais acaba prejudicando seus papéis”, afirmam Sandra e Raposo.
Apesar da cena externa, a companhia continua otimista com a economia brasileira, tanto que manteve seu plano de abertura de lojas. A Coinvalores destaca que os principais condicionantes para o setor de varejo são emprego e renda, cujos indicadores continuam em níveis elevados. Os analistas ainda lembram que o setor é bastante favorecido por datas comemorativas.
“Levamos em consideração (na avaliação) o movimento da companhia em crescer via expansão de lojas, tanto próprias quanto via franquias. Em nossas projeções, utilizamos os investimentos divulgados pela Hering em torno de 61 milhões de reais para o ano de 2011”, afirma a equipe da Coinvalores.
Os analistas acreditam que a companhia deve manter o investimento para abertura de novas lojas no decorrer dos próximos anos. Diante deste cenário e dos bons fundamentos econômicos, a Hering terá “capacidade de apresentar maiores vendas, o que acrescido a um bom gerenciamento dos custos e despesas corrobora com as boas margens projetadas”, concluem Sandra e Raposo.