Mesmo com as quedas, Méliuz é a única das empresas que abriram o capital no pós-pandemia a ganhar valor de mercado na bolsa | Foto: B3/Divulgação (B3/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2021 às 09h41.
A startup de cashback Méliuz (CASH3) decepcionou investidores com seus resultados do terceiro trimestre de 2021, em que registrou prejuízo de 2,95 milhões de reais, revertendo lucro de 4,73 milhões de reais apurados no mesmo período do ano passado.
O resultado pode penalizar novamente as ações da empresa, que caiu quase 45% em outubro, se tornando a ação com pior performance do Ibovespa no mês. Como outros papéis de tecnologia, a fintech tem sofrido com as perspectivas de juros mais altos, que impactam diretamente os custos de seu plano de crescimento.
Mesmo com as quedas recentes, as ações da Méliuz ainda acumulam alta de mais de 40% no ano – sendo a única das empresas que abriram o capital no pós-pandemia a ganhar valor de mercado na bolsa.
E, na visão de analistas, ainda é possível enxergar pontos positivos no papel. “Os números foram um pouco mais fracos do que o consenso estava esperando, mas continuamos com uma visão positiva para a companhia, mesmo sabendo que no curto prazo o aumento da taxa de juros pode acabar se refletindo em perdas para as ações”, afirmou Vitor Melo, analista do BTG Pactual digital, no programa Abertura de Mercado desta quarta-feira.
Melo destacou que o prejuízo de 9,3 milhões de reais no Ebitda da companhia se deu principalmente por conta do aumento nas despesas de linha pessoal, o que está alinhado às estratégias da companhia.
“Dos pouco mais de 9 milhões de reais em prejuízo, cerca de 6 milhões se devem ao crescimento do time. A empresa passou de 142 funcionários no terceiro trimestre de 2020 para 838 agora, um número quase 4 vezes maior”, avaliou o analista.
Outro ponto que Melo destaca como positivo no balanço foi o resultado recorde de geração de GMV – valor transacionado dentro da plataforma – de 1,1 bilhão de reais. Assista ao programa completo aqui: