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Abertura de Mercado: inflação chinesa ameaça ações da Vale

Impulsionado por alta das commodities, índice de preços ao produtor chinês supera estimativas e bate maior patamar em mais de 12 anos

Vale | Foto: Washington Alves/Reuters (Washington Alves/Reuters)

Vale | Foto: Washington Alves/Reuters (Washington Alves/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de junho de 2021 às 08h58.

O minério de ferro subiu mais de 5% na China na madrugada desta quarta-feira, 9, em meio às preocupações sobre o nível da oferta. No entanto, no pré-mercado americano, as ADRs da Vale caem cerca de 1% nesta manhã, enquanto as de sua concorrente Rio Tinto e BHP chegam a se desvalorizar mais de 2%.

A explicação para as quedas estão nos dados de inflação divulgados na última noite na China. Referente ao mês de maio, o índice de preços do produtor chinês (PPI, na sigla em inglês) bateu 9% na comparação anual e atingiu o pico em mais de 12 anos. O número também superou as estimativas de alta de 8,5%. 

Segundo Bruno Lima, analista do BTG Pactual Digital, a alta da inflação no país gera receios de que o governo chinês possa apertar ainda mais sua oferta de crédito, que tem ajudado a alavancar a economia e impulsionado o preço das commodities. 

“Quanto mais oferta monetária, mais crescimento e inflação. O PPI está impactando as ações de commodities”, afirma Lima na Abertura de Mercado desta quarta.

O analista pontua que a aceleração dos preços na China também aumenta as preocupações de maior intervenção sobre o mercado de minério de ferro. “A inflação do produtor foi gerada pela alta das commodities. Recentemente o governo chinês tomou medidas para manter os preços em patamares mais confortáveis para evitar uma onda inflacionária”, recorda.

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