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Abercrombie & Fitch desiste de venda e ações caem mais de 20%

Em maio, a varejista anunciou que estava à venda; hoje, o presidente do conselho administrativo voltou atrás e disse que as discussões foram encerradas

Abercrombie & Fitch: marca ficou famosa pelas roupas estampadas com logotipos gigantescos (Getty Images/Getty Images)

Abercrombie & Fitch: marca ficou famosa pelas roupas estampadas com logotipos gigantescos (Getty Images/Getty Images)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 10 de julho de 2017 às 14h04.

Última atualização em 10 de julho de 2017 às 17h21.

São Paulo -- As ações da Abercrombie & Fitch desabam nesta segunda-feira (10), depois de a empresa anunciar que não será mais vendida. Por volta das 13h40, os papéis caíam 21,3%, para 9,57 dólares.

Há exatos dois meses, a varejista de moda informou ao mercado que, após receber ofertas de diversas empresas, estava à venda. Hoje, o presidente do conselho administrativo Arthur Martinez, voltou atrás e comunicou aos investidores que as discussões sobre um acordo de compra foram encerradas.

"Depois de uma avaliação exaustiva de todos os fatores relevantes, com a ajuda de nosso assessor financeiro, o conselho da Abercrombie & Fitch  determinou que a melhor maneira de aumentar o valor para os acionistas é a rigorosa execução do nosso plano de negócio", disse Martinez. "Temos o compromisso de adotar ações sólidas e agressivas para melhorar os resultados e o valor a longo prazo para os acionistas."

Desafios

A queda brusca dos papéis mostra que a decisão da Abercrombie não foi bem digerida pelo mercado. Nos últimos trimestres, a varejista mostrou lento crescimento nas vendas e a expectativa de analistas é que a empresa termine 2017 no vermelho.

Há alguns anos, a companhia lida com uma grave crise de identidade. Desde 2014, quando Mike Jeffries deixou o cargo de CEO, a empresa tenta se reinventar e deixar de lado a imagem de marca que produz roupas com logotipos gigantescos, divulgadas em campanhas com modelos sem camisa. Depois de receber uma série de críticas de clientes, acionistas e analistas, algumas mudanças foram colocadas em prática.

Agora, o desafio é provar aos acionistas que a marca é capaz de atrair o público jovem em um momento em que a Amazon avança para o varejo e os shoppings centers se transformam em "cemitérios."

 

 

 

 

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