Invest

A resposta do GPA (PCAR3) à ação do Assaí (ASAI3) na Justiça contra dívidas tributárias

Empresas já foram uma só e separaram negócios em 2020; agora, o Assaí busca se blindar de dívidas tributárias que ficaram no antigo controlador

GPA diz que cumpre todas as obrigações previstas no Contrato de Separação e Outras Avenças, celebrado com o Assaí em 2020 (GPA/Divulgação)

GPA diz que cumpre todas as obrigações previstas no Contrato de Separação e Outras Avenças, celebrado com o Assaí em 2020 (GPA/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 10h17.

Após o Assaí (ASAI3) comunicar que acionou a Justiça para se proteger de dívidas tributárias do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), a varejista se manifestou via fato relevante, dizendo que cumpre integralmente com todas as obrigações previstas em um contrato de separação celebrado com o Assaí (ASAI3) em 14 de dezembro de 2020, quando houve a cisão entre as empresas. O GPA enfatiza que tomará todas as providências necessárias para proteger seus interesses.

A companhia destacou também que, até o momento, não foi formalmente citada no processo movido pelo Assaí em relação às contingências tributárias, motivo pelo qual não possui informações detalhadas sobre a medida cautelar que teria sido ajuizada pela rede atacadista.

Medida cautelar contra Casino e GPA

O Assaí acionou a Justiça buscando se resguardar de possíveis dívidas tributárias anteriores à cisão, que transformou a atacadista em companhia independente. Para isso, a empresa solicitou que ações do GPA detidas hoje pelo Casino sejam usadas como garantia para tais dívidas.

O grupo francês tem pouco mais de 22% de participação no GPA, mas não considera o ativo uma prioridade estratégica.

O Assaí também exige que o GPA forneça garantias contra contingências tributárias anteriores à separação.

Segundo fato relevante do Assaí, o ajuizamento da ação considera medidas adotadas pela Receita Federal e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Os órgãos, segundo a empresa, buscam atribuir responsabilidade solidária ao Assaí por dívidas do GPA, incluindo o Procedimento Administrativo de Reconhecimento de Responsabilidade (PARR), estimado em aproximadamente R$ 36 milhões.

Breve histórico

O Grupo Pão de Açúcar (GPA), antes controlado pelo Grupo Casino, adquiriu 60% do Assaí em 2007, transformando a rede em sua subsidiária integral em 2011.

Em 2020, as empresas firmaram um acordo de separação contratual, estabelecendo a independência operacional entre GPA e Assaí.

No ano seguinte, o Assaí anunciou a compra de lojas Extra Hiper, que serão convertidas em unidades Assaí, em uma transação de R$ 4 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:GPA (Grupo Pão de Açúcar)Assai

Mais de Invest

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Mega-Sena: resultado do concurso 2.938; prêmio é de R$ 55 milhões