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"A Grande Aposta 2"? Michael Burry aposta tudo contra as bolsas americanas

Gestora Scion Asset concentra 93,59% da carteira em opções de venda de S&P 500 e Nasdaq; investidor antecipou bolha do subprime anos antes da crise de 2008

Michael Burry no lançamento do filme "A Grande Aposta" (Astrid Stawiarz / Correspondente/Getty Images)

Michael Burry no lançamento do filme "A Grande Aposta" (Astrid Stawiarz / Correspondente/Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 16 de agosto de 2023 às 10h19.

Última atualização em 16 de agosto de 2023 às 10h46.

A gestora Scion Asset Managment, do gestor Michael Burry, está apostando pesado na queda das bolsas americanas. O investidor ficou conhecido por antecipado anos antes a crise do subprime, que estourou em 2008. A história ficou famosa a partir do filme "A Grande Aposta", em que Burry é interpretado por Christian Bale.

Na contramão do mercado

As posições de Burry contra a bolsa americana foram montadas por meio de opções de venda de ETFs que representam os principais índices de ações dos Estados Unidos. Elas equivalem a 93,59% do portfólio de US$ 1,7 bilhão.

A maior posição é em opções de venda do SPY, ETF atrelado ao S&P 500, cuja fatia no portfólio da Scion representa 51,05%. A segunda maior posição é em opção de venda de QQQ, ETF lastreado no índice Nasdaq. As apostas foram feitas no segundo trimestre deste ano, revelaram os documentos entregues pela Scion à Securities and Exchange Commission (SEC).

Riscos no radar

Apesar da posição ter sido montada apenas recentemente, o pessimismo de Burry com a direção do mercado tem sido sustentada já há anos. Em março,, Burry chegou comparar 2023 com 2000 e 2008, anos de grandes crises no mercado financeiro. "2000, 2008, 2023, é sempre o mesmo. pessoas cheias de arrogância e ganância assumem riscos estúpidos e falham", afirmou no Twitter.

Ainda em janeiro, Burry alertou para o risco de a inflação americana atingir novos picos e a economia dos Estados Unidos entrar em recessão, mesmo com a possibilidade de deflação no segundo semestre.  Em 2021, Burry apostou na queda das ações da Tesla.

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