Mercados

À espera de ata do Copom, juros futuros têm queda

A pesquisa Focus do Banco Central comprou a leitura, já presente no mercado de juros, de que o aperto monetário será gradual e menos intenso do que o antecipado


	As taxas futuras terminaram em baixa, com agentes à espera da ata da última reunião do Copom e reagindo às palavras de Guido Mantega sobre o uso de uma política fiscal expansionista
 (BM&FBovespa/Divulgação)

As taxas futuras terminaram em baixa, com agentes à espera da ata da última reunião do Copom e reagindo às palavras de Guido Mantega sobre o uso de uma política fiscal expansionista (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 17h05.

São Paulo - Em um dia de noticiário esvaziado, o mercado de juros futuros devolveu todo movimento de alta visto no fim da sexta-feira, 19, quando o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse, em Washington, que a "dinâmica de inflação é desfavorável" e que seu voto contrário à alta da Selic na última reunião era mais em relação ao "timing" (momento) do início do aperto monetário.

Assim, as taxas futuras terminaram em baixa, com os agentes à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira, e também reagindo às palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o uso de uma política fiscal expansionista.

Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (302.215 contratos) marcava 7,40%, de 7,41% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (273.700 contratos) apontava 7,82%, de 7,87% na sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (301.075 contratos) indicava 8,29%, de 8,35% antes. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (89.075 contratos) marcava 8,89%, ante 8,96%, e o DI para janeiro de 2021 (7.245 contratos) estava em 9,51%, ante 9,56% no ajuste.

A pesquisa Focus do Banco Central comprou a leitura, já presente no mercado de juros, de que o aperto monetário será gradual e menos intenso do que o antecipado.

A projeção para a Selic ao fim de 2013 foi revisada em baixa, de 8,5% para 8,25%, o que equivale a dizer que o aperto neste ano, na visão dos analistas, totalizaria 100 pontos-base e não mais 125 pontos, com mais três altas de 0,25 ponto porcentual.

Para 2014, a projeção seguiu em 8,50% ao ano.

No mesmo boletim, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 subiu de 5,68% para 5,70% e, em 2014, de 5,70% para 5,71%. A expectativa para o IPCA para abril avançou de 0,42% para 0,44%, enquanto a previsão para maio recuou de 0,32% para 0,31%. A projeção suavizada da inflação oficial 12 meses à frente teve alta de 5,42% para 5,53% ainda no Focus. Já no Top 5, médio prazo, a mediana das estimativas passou de 5,73% para 5,72% neste ano e seguiu em 6,05% no ano que vem.

Acompanhe tudo sobre:CopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosSelicTaxas

Mais de Mercados

Localiza (RENT3) aprova pagamento de R$ 533 milhões em juros sobre o capital próprio

Cessar-fogo, Powell no Congresso e mudanças na gasolina: o que move o mercado nesta quarta-feira

Receita da Arábia Saudita com petróleo cai ao menor nível em quase quatro anos

Ações da Apple ficam para trás no grupo das Magníficas 7, mas aquisição bilionária pode mudar o jogo