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A especulação financeira que motivou atentado contra time alemão

Suspeito de atacar ônibus do Borussia Dortmund tinha opções de venda de ações do clube e esperava ganhar com a queda dos papéis

O ônibus do time alemão Borussia Dortmund: pura especulação (Kai Pfaffenbach Livepic/Reuters)

O ônibus do time alemão Borussia Dortmund: pura especulação (Kai Pfaffenbach Livepic/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 17h11.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 17h40.

São Paulo — Comprar barato e vender caro. Foi essa a motivação de um homem de 28 anos, preso na última sexta-feira, dia 21, para atacar com explosivos um ônibus que levava a delegação do Borussia Dortmund à uma partida de futebol no começo deste mês. 

Difícil de entender? Pois bem, de acordo com a Promotoria Federal da Alemanha, o que motivou o ataque realizado no último dia 11 contra o time de futebol foi pura especulação com opções.

De acordo com agências internacionais, o suspeito teria contraído um empréstimo de 40 mil euros no início do mês para comprar cerca de 15 mil opções de venda de ações do Borussia com vencimento até junho de 2017.

Nesse tipo de operação, o comprador ganha o direito de vender um ativo por um preço estabelecido em contrato em determinada data. A outra parte do negócio, por sua vez, é obrigada a comprar o ativo. 

Com isso, o comprador da opção ganha quando os preços caem, uma vez que ele poderá comprar o ativo mais barato no mercado e vender mais caro (pelo preço estabelecido no contrato).

No caso alemão, o que o suspeito esperava era que as ações do time despencassem com a repercussão do atentado, garantindo a ele ganhos na casa dos 3,9 milhões de euros. 

Relembre

No último dia 11, três explosões atingiram o ônibus que levava os jogadores da Borussia Dortmund para uma partida contra o Monaco, pela Liga dos Campões. O zagueiro Marc Bartra ficou ferido e foi encaminhado a um hospital com braço e mãos lesionados. Um policial que fazia a escolta do clube também se feriu.

De acordo com a Promotoria alemã, o suspeito teria se hospedado no mesmo hotel utilizado pelos jogadores, onde planejou o ataque e comprou as opções. 


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