Mercados

A apresentação do Itaú que assustou o mercado nesta quarta-feira

Banco projetou um alto crescimento na provisão para devedores duvidosos nos próximos trimestres

A queda fez com que a bolsa tivesse a única baixa entre as principais do mundo (Stock.xchng)

A queda fez com que a bolsa tivesse a única baixa entre as principais do mundo (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 17h51.

São Paulo – Uma apresentação com as projeções do Itaú para os seus negócios nos próximos trimestres assustou o mercado e afastou os investidores das ações do setor financeiro nesta quarta-feira. O índice Financeiro (IFNC), que acompanha as principais empresas do setor, terminou em baixa de 2,6%, a maior queda entre os setores.

O desempenho dos ativos das instituições financeiras puxou o Ibovespa, que encerrou o dia com desvalorização de 0,3%. A bolsa brasileira foi a única entre as principais do mundo a cair nesta sessão.

O banco projetou em seus slides (página 12) durante a teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre um aumento das despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) de 6 bilhões de reais para 6,4 bilhões de reais no segundo trimestre e para entre 6,5 bilhões de reais e 7,1 bilhões de reais no terceiro trimestre. 

“O resultado do Itaú Unibanco veio abaixo das expectativas do consenso do mercado, cabendo destacar o forte aumento das provisões, resultado de uma maior deterioração na qualidade dos ativos de crédito em carteira. Os desafios para o Itaú Unibanco permanecem em um cenário de avanço da inadimplência e redução do spread bancário”, explica Daniella Maia, analista da Ativa Corretora, em relatório.

As ações do Itaú (ITUB4) terminaram a sessão de hoje em forte redução de quase 6%, a maior do Ibovespa. Os papéis da Itaúsa (ITSA4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) também tiveram quedas expressivas.

“Apesar da evolução da margem financeira, houve um aumento das despesas com PDD (provisão contra devedores duvidosos), impactada, principalmente, pelo aumento da inadimplência, que apresentou crescimento relevante na carteira pessoa jurídica. O índice de inadimplência, dado o atual cenário de juros baixos, é um fator de risco para os bancos, e seu comportamento deve ser acompanhado de perto nos próximos meses”, ressalta a equipe da Planner Corretora, em um análise.

Veja a apresentação:

http://www.scribd.com/embeds/91268415/content?start_page=1&view_mode=list&access_key=key-199k1025x7oan2fbgp4p

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasB3BancosBB – Banco do Brasilbolsas-de-valoresBradescoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasHoldingsInadimplênciaItaúItaúsaMercado financeiroSantander

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol